Rui Car
25/12/2023 18h53 - Atualizado em 25/12/2023 22h01

FIFA virá ao Brasil e ameaça suspender clubes e CBF, afirma colunista

Movimento da FIFA segue destituição do presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues, e rumores de novo pleito

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Foto: Divulgação

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A FIFA e a Conmebol teriam enviado uma carta para a Confederação Brasileira de Futebol (CBF) motivadas pela crise na instituição após destituição de Ednaldo Rodrigues da presidência.

 

Nela, as entidades teriam deixado avisado que visitarão o Brasil na semana do dia 8 de janeiro para impedir eleições não autorizadas.

 

As informações são do colunista Rodrigo Mattos, do UOL.

 

Segundo Rodrigo, há uma ameaça de que – caso as eleições sejam realizadas sem permissão da FIFA e Conmebol, a CBF será processada e possivelmente suspensa de competições internacionais. Isso vale, também, para os clubes brasileiros.

 

O documento teria sido enviado na véspera de Natal, assinado por Kenny Jean-Marie representando a FIFA e Monserrat Jiménez Granda, representando a Conmebol. Fora recebida pelo ex-secretário geral da CBF, Alvino Reis.

 

Ambos não reconhecem a gestão do interventor José Perdiz, apontado pela Justiça do Rio como substituto de Ednaldo na CBF pelo período de 30 dias – que, findado, marcaria novas eleições.

 

Entenda o caso que envolve a FIFA e a CBF

 

O início do atrito entre Ednaldo e o Judiciário foi quando o Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) reclamou da mudança nas regras para eleições na entidade – teria sido feita sem consulta prévia aos clubes. Na época, o cabeça da CBF era Marco Polo Del Nero.

 

Sob tutela das novas diretrizes eleitorais, Rogério Caboclo foi eleito em 2018 – num mandato que duraria até 2023.

 

Ednaldo Rodrigues foi destituído da presidência da CBF (Foto: Rafael Ribeiro / CBF)

 

Denunciado por assédio, Caboclo se afastou da Confederação. Enquanto isso, a Justiça anulou a eleição dele, decretando nova intervenção.

 

Em 2021, portanto, Ednaldo foi nomeado como interino e deveria concluir o mandato de Caboclo.

 

No entanto, no ano seguinte, o presidente interino e o MPRJ assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) que novamente mudava as diretrizes para eleições internas. Nestas regras, Ednaldo foi eleito em 2022 para um mandato de quatro anos.

 

A alegação da Justiça é de que esse TAC não poderia ser assinado, uma vez que Ednaldo se beneficiaria do acordo numa seguida candidatura.

 
Fonte: Bruno Gallas / ND+
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