Rui Car
30/03/2021 09h36

Figueirense tem seu pior início de temporada dos últimos 50 anos

Furacão tem apenas 23% de aproveitamento em sete jogos válidos pela temporada 2021

Assistência Familiar Alto Vale
Everton Santos, capitão do Figueirense; momento difícil do Furacão (Foto: Cristiano Andujar / Andujar Press)

Everton Santos, capitão do Figueirense; momento difícil do Furacão (Foto: Cristiano Andujar / Andujar Press)

Delta Ativa

Com cinco pontos em seis jogos disputados, o Figueirense se aproxima perigosamente da zona de rebaixamento do Campeonato Catarinense 2021, a frente apenas de Criciúma (3) e Metropolitano (2). O detalhe é que, revirando o baú alvinegro, não há registro de um começo de temporada tão ruim como o atual em um raio de, pelo menos, 50 anos.

 

É até assustador. Mas a verdade é que o Figueirense raras vezes começou um ano de maneira tão pobre no que diz respeito ao seu aproveitamento. Em sete jogos na temporada, somando seis pelo estadual e um pela Copa do Brasil, o time de Jorginho venceu apenas uma, empatou duas e perdeu quatro. Isso representa um aproveitamento de 23% dos pontos disputados.

 

Em levantamento realizado pela reportagem do ND+, é alarmante a constatação de que nunca, nos últimos 50 anos, o Furacão do Estreito começou uma temporada de maneira tão ruim como atualmente.

 

Foram levados em consideração, em todos os anos, os sete primeiros jogos da equipe, independente da competição.

 

Números piores que do ano do rebaixamento

 

Nem em 1986, ano que o clube foi rebaixado à Série B do Campeonato Catarinense, o Furacão não teve um início de ano tão ruim: aquela altura, passados sete jogos, o Figueirense tinha duas vitórias, três empates e duas derrotas, que representa um aproveitamento de 42%.

 

Na década de 70 os registros estão mais escassos mas, ainda sim, foi possível constatar que o Figueirense não realizou uma arrancada tão ruim como na atual temporada, pelo menos, desde o ano de 1971.

 

Ruins, mas nem tanto

 

Em uma busca mais recente, o anos de 2016 e 2017, por exemplo, o Figueirense até passou por apuros, mas ainda assim, não “bateu” o desempenho atual.

 

Em 2017, inclusive, escapou da degola na última rodada em jogo que rendeu muita polêmica depois que o árbitro da partida assinalou um pênalti inexistente contra o Almirante Barroso, dentro do estádio Orlando Scarpelli.

 

Soberania estadual

 

Paralelo as buscas referentes aos desempenhos iniciais do Figueirense, a reportagem também constatou a consolidação do maior vencedor do Estado.

 

De 1971 para cá, o Furacão do Estreito contabilizou 12 taças (72, 74, 94, 99, 2002, 2003, 2004, 2006, 2008, 2014, 2015, 2018). O Figueirense, inclusive, é o maior vencedor de Santa Catarina ao totalizar 18 títulos estaduais.

 

Para o colunista do Grupo ND, Fábio Machado, inclusive, trata-se de uma constatação “assustadora” a de que o Figueirense versão 2021 está abaixo de anos em que, estruturalmente, não se comparava com a atual.

 

“Apesar da crise atual, o Figueirense dos anos 80 era horroroso. A pobreza era total. Nos jogos rolava garrafão para juntar dinheiro para pagar os jogadores e para as despesas de viagens”, relembrou.

 

Figueirense pode terminar a rodada no Z2

 

Nada não está tão ruim que não possa piorar. Reza dessa maneira um antigo dito popular que, no caso do Figueirense, pode ter uma relação. Atualmente na 10ª colocação com 5 pontos, o Furacão volta a campo na próxima quarta-feira (31), em Florianópolis, contra o Hercílio Luz.

 

Em caso de derrota alvinegra, combinada com vitória de Criciúma – contra o Próspera – ou Metropolitano – diante do Concórdia – o Furacão vai terminar a rodada 7ª na zona do rebaixamento.


POR: DIOGO DE SOUZA – ND+

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