Rui Car
16/05/2017 08h21

Flu volta a ter prejuízo no Maraca e espera contar com o Giulite Coutinho em breve

Apenas 9.880 pessoas pagaram para assistir a vitória sobre o Santos

Assistência Familiar Alto Vale
Globo Esporte

Globo Esporte

Delta Ativa

O ano de 2016 não foi nada fácil para o Fluminense. Sem o Maracanã, sua casa, e até o Estádio Nilton Santos, fechados para a Olimpíada, o Tricolor foi itinerante em boa parte da temporada. Para 2017, o clube brigou na Justiça para fazer valer seu direito de atuar no Maior do Mundo, mas a torcida, até aqui, não comprou o barulho. Em cinco jogos no estádio, apenas dois geraram lucro, e o prejuízo na última partida, contra o Santos, chegou a R$ 360.961,58 – maior até do que a renda de R$ 305.610,00. A alternativa mais barata seria o Giulite Coutinho e a diretoria espera resolver a falta de laudos em pouco tempo.

 

 

O “rombo” no caixa tem explicação: apenas 9.880 torcedores pagaram ingresso para assistir a estreia do Fluminense no Campeonato Brasileiro. Em que pese a data comemorativa ao Dia das Mães e o horário de 11h, ainda fora do costume da torcida, o público ficou bem aquém do esperado pela diretoria para que a conta fechasse. Para evitar o prejuízo, são necessários ao menos 25 mil pagantes.

 

O resultado financeiro negativo da partida, sozinho, quase anula o lucro gerado nas partidas contra o Flamengo, pela final do Carioca, e contra o Liverpool, na Copa Sul-Americana. Somados aos outros déficits gerados nas partidas contra Vasco e Goiás, o estádio tem se tornado uma fonte de despesas e não de receitas, como deveria ser.

 

Flu 0x1 Flamengo – Carioca
Resultado: R$ 284.954,90
Público pagante: 34.926

Flu 3×0 Vasco – Carioca
Resultado: R$ – 52.730,22
Público pagante: 20.092

Flu 3×0 Goiás – Copa do Brasil
Resultado financeiro: R$ – 145.485,73
Público pagante: 17.946

Flu 2×0 Liverpool – Sul-Americana
Resultado: R$ 112.000,00
Público pagante: 34.017

Flu 3×2 Santos – Brasileirão
Resultado: R$ – 360.961,58
Público pagante: 9.880

O maior custo veio com a operação da partida. O que, em tese, visaria uma redução de custos à partir da liminar concedida ao Flu pela Justiça, que leva em conta ainda a última decisão judicial referente ao contrato entre o clube e a concessionária do Maracanã.

 

Edson Passos precisa de pequenas obras

De acordo com parecer do desembargador Eduardo Gusmão Alves de Brito Neto, da 16ª Câmara Cível do Rio, o quarto aditivo do contrato passou a reger a relação. Ele foi assinado no fim de 2016 para os dois únicos jogos do Tricolor no estádio durante o Campeonato Brasileiro. O documento determina que o clube das Laranjeiras arque com parte dos custos de operação do jogo e ainda um pequeno aluguel. Em contrapartida, tem direito à toda a bilheteria e 25% do valor arrecadado nos bares.

 

A falta de um estádio prejudicou a arrecadação do Flu no ano passado – o Maracanã fechou para a Rio 2016. No balanço financeiro, a receita com bilheteria caiu 28% na comparação com a temporada anterior (de R$ 15,7 milhões a R$ 11,3 milhões). No ano passado, até estrear no Giulite Coutinho, reformado pela diretoria tricolor para ser a opção em jogos de menor porte, Cariacica, Los Larios, Mané Garrincha e até o Mario Helênio, em Juiz de Fora, serviram como casa para o Fluminense.

 

Só no campo do America, em Mesquita, que o Tricolor se encontrou. Na Baixada, a equipe teve bom aproveitamento: 66,7%, em oito jogos como mandante. Em 2017, o estádio, que sofreu com uma tempestade no início do ano, não tem recebido o time de Abel Braga com constância. Foram apenas três até o fim de março, quando os laudos venceram. Para que eles sejam renovados, o local precisará de algumas pequenas obras. O Flu espera resolver o problema em pouco tempo para ter uma alternativa mais barata em relação ao Maracanã.

Justen Celulares