Rui Car
10/02/2020 12h07

Gabigol e Pedro ditam os rumos do Flamengo

Em campo, comprovam palavras e têm início empolgante: dois jogos, dois gols para cada

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: André Mourão/Foto FC /  Fonte: Globo Esporte

Foto: André Mourão/Foto FC / Fonte: Globo Esporte

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Diz a definição ao pé da letra que sombra é um “espaço menos iluminado, sobre o qual não incide luz direta”. Mas vai dizer isso para os torcedores do Flamengo… Em vermelho e preto, a sombra brilha com intensidade. E Gabriel e Pedro têm dado motivos de sobra para que acreditem nisso no início de 2020.

 

Em dois jogos com o time principal, são dois gols de cada um dos centroavantes de Jorge Jesus. Mais do que isso: jogando juntos. Para Pedro brilhar não é preciso um apagão de Gabigol, e nem vice-versa. Resende e Madureira já foram vítimas dessa sintonia. Agora, um rival emblemático pela frente: o Fluminense, ex-clube de Pedro, quarta-feira, na semifinal da Taça Guanabara.

 

Com a chegada do tão esperado atacante que fica mais na área, Jorge Jesus não estipulou uma disputa entre um ou outro. Não subtraiu. Ele somou uma opção ofensiva que tem sido determinante para o Flamengo encarar rivais que se fecham diante do poderio rubro-negro.

 

Como se sabe, Pedro domina mais a grande área. E assim foi quando esteve em campo. Bruno Henrique e Michael abriram pelos lados tendo a referência no ataque, enquanto Gabigol abusava da mobilidade que lhe é característica. Deu certo.

 

– O Pedro é um jogador que completa quando imaginamos que precisamos mudar os pontas de lança. Em um momento de jogo, coloco ele e o Michael. Temos trabalhado em cima disso e a resposta é muito boa nesses dois jogos. É importante a equipe sentir quando há mudança não só no ritmo como oportunidades de gol. O Pedro estava no lugar certo e fez o gol – definiu Jorge Jesus.

 

Gabigol se divertiu com o espanto de quem não acredita na possibilidade da parceria:

 

– Não tem disputa. Querem criar uma disputa que não tem… As duas vezes que ele jogou, eu não saí. Jogamos juntos, treinamos juntos, fazemos jogadas juntos. Não tem disputa e eu já falei: a disputa é para quem marca e vai nos enfrentar.

 

A definição de sombra, por sinal, é encarada com muito bom humor pelos atacantes, que entraram em campo diante do Madureira com o nome de Athila Paixão nas costas. Após o gol de Pedro, os dois celebraram imitando uma sombra (um andando atrás do outro).

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