Rui Car
30/10/2017 09h05 - Atualizado em 30/10/2017 09h09

Hamilton, estrela da Fórmula 1 que nasceu para vencer

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O México gosta de Lewis Hamilton e o britânico se deixa seduzir pela capital azteca: em três anos do Grande Prêmio no país, o piloto britânico deu alegrias para os amantes do automobilismo, especialmente neste domingo, quando conquistou o campeonato mundial de Fórmula 1 pela quarta vez.

 

Hamilton tem um romance com a Cidade do México que vai além das performances no circuito do Autódromo Hermanos Rodríguez. Em 2015, terminou na segunda colocação. No ano seguinte, garantiu a pole position e venceu a corrida. Neste ano, garantiu o título mundial da categoria mais importante do esporte motorizado.

 

Com a conquista, Hamilton segue ganhando espaço entre os maiores pilotos da F1, algo que buscou desde sua primeira corrida em 2007.

 

– Nasceu com estrela –

 

Pelas quatro medalhas de ouro que conquistou nas Olimpíadas de Los Angeles-1984, o americano Carl Lewis era uma lenda da velocidade nas pistas de atletismo.

 

Em sua homenagem, a criança nascida no dia 7 de janeiro do ano seguinte na Inglaterra foi batizada de Lewis Carl.

 

Como Carl, o atleta, Lewis Hamilton também seria um prodígio da velocidade. No entanto, o britânico escolheu estar dentro de um carro de Fórmula 1, motivado por um carro de controle remoto que ganhou de presente do pai e pela habilidade nas pistas de kart.

 

Foi nas corridas da categoria que a McLaren o ofereceu um contrato em 1997. Lewis tinha apenas 12 anos. Uma década depois, se tornou o primeiro negro a participar do circuito mundial da F1.

 

A estreia com a McLaren aconteceu ao lado do espanhol Fernando Alonso. Logo na primeira temporada, deixou todos impressionados: subiu ao pódio nas primeiras nove corridas e terminou como vice-campeão com 109 pontos, apenas um atrás do vencedor alemão Kimi Raikkonen, da Ferrari. 

 

Hamilton poderia ter vencido a temporada, mas a inexperiência o pressionou e o jovem piloto não conseguiu aguentar a pressão no GP do Brasil, onde terminou na sétima colocação.

 

“É cedo demais para analisar suas possibilidades, mas se a tendência se confirmar não existe nenhum motivo que o atrapalhe de ser o melhor piloto da história”, avaliou Martin Whitmarsh, diretor geral da McLaren.

 

Lewis iniciou uma ‘Hamilton mania’ e concluiu 2007 apresentando uma autobiografia denominada “My Story” (minha história, em inglês), com menos de 23 anos de idade.

 

O primeiro grande triunfo não demorou a chegar. No dia 2 de novembro de 2008, conquistou primeiro título no GP de Interlagos. E claro, não faltou drama para superar o brasileiro Felipe Massa por 98 pontos a 97.

 

– Mudança –

 

O ano de 2012 foi muito significativo para a vida particular de Hamilton e para a Fórmula 1. No final do ano, o britânico anunciou vínculo com a nova escuderia Mercedes. Pouco tempo depois, o heptacampeão alemão Michael Schumacher disse que iria se aposentar.

 

Após o quarto lugar conquistado em 2013 pela primeira temporada defendendo as Flechas Prateadas, Hamilton dominou os dois anos seguintes com títulos em 2014 e 2015. Neste último, iniciou a boa relação com o México.

 

O romance iniciou com uma visita a uma luta livre, em que Hamilton chegou a subir ao ringue com o lutador Místico. Em 2016, Lewis se apaixonou pela comida do país e em 2017 conquistou o circuito mundial no autódromo mexicano.

 

Hamilton, jovem que deve seu nome a Carl Lewis e o primeiro piloto negro da Fórmula 1, subiu um degrau na lista dos pilotos que mais venceram o campeonato mundial da F1.

 

Com quatro conquistas, Hamilton está ao lado do francês Alain Prost e de Vettel na terceira posição. O argentino Juan Manuel Fangio é o segundo maior vencedor, com cinco títulos, atrás apenas do recordista alemão Michael Schumacher, com sete.

 

Aos 32 anos, Hamilton tem tempo e talento para se tornar o maior vencedor da história da categoria.

 

 

AFP

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