Rui Car
09/10/2020 16h22

Ituporanguense Itamar Schulle é apresentado no Criciúma

Técnico inicia a segunda passagem pelo estádio Heriberto Hülse

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Itamar Schulle foi apresentado nesta quinta-feira (Foto: Celso da Luz/ Criciúma E.C.)

Itamar Schulle foi apresentado nesta quinta-feira (Foto: Celso da Luz/ Criciúma E.C.)

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Horas após ser confirmado como o substituto de Roberto Cavalo no comando do Criciúma, Itamar Schulle foi apresentado pelo presidente Jaime Dal Farra na sala de imprensa do estádio Heriberto Hülse para a sequência da Série C do Brasileiro.

 

Na entrevista coletiva, realizada na tarde desta quinta-feira, o treinador destacou a alegria em voltar ao clube após 10 anos – será a segunda passagem pelo Tricolor.

 

– É uma alegria muito grande retornar para Santa Catarina, em especial para Criciúma. É uma camisa de tantas glórias, de tanto peso e conquistas. Estou muito feliz pela oportunidade e pronto para tentar fazer o melhor trabalho aqui.

 

Questionado sobre o momento ruim do time na competição nacional, o novo treinador falou com confiança da meta de subir de divisão e relembrou quando assumiu o clube pela primeira vez.

 

– Vejo o elenco do Criciúma com qualidade. Todo mundo passa por situações difíceis e é mais uma que o Criciúma, de tantas que passou, está passando. Nós temos a capacidade de colaborar para resolver. Eu não vi um momento pior do que quando eu assumi o Criciúma. Eu assumi em uma época que tinha perdido por 4 a 1 aqui dentro para o Marcílio Dias. Na volta, em Itajaí, se empatasse, tinha sido rebaixado. Vencemos com gol aos 44 do segundo tempo. Juntos conseguimos reverter o quadro e brigar até na última rodada pela classificação. Foi um momento difícil e que marcou a minha carreira – relembrou.

 

Itamar no Criciúma em 2009 (Foto: Ulisses Job/ Diário Catarinense)

Itamar no Criciúma em 2009 (Foto: Ulisses Job/ Diário Catarinense)

 

Em sua primeira passagem pelo Criciúma, considerando apenas jogos oficiais pela Série C (2009), Copa Santa Catarina (2009) e Catarinense (2010), foram 18 partidas, com oito vitórias, dois empate e oito derrotas.

 

O último trabalho de Schulle foi justamente em um time da Série C: o Santa Cruz. Ele pediu demissão alegando que teria uma proposta para assumir um clube da Série B, mas o acerto não evoluiu.

 

A estreia será no domingo, às 20h (de Brasília), quando o Criciúma recebe o Londrina no estádio Heriberto Hülse, pela 10ª rodada. Junto dele também foram contratados o auxiliar técnico Lucas Isotton, o preparador físico Carlos Gamarra e o analista Francisco Salles.

 

CONFIRA ABAIXO MAIS DA ENTREVISTA:

 

O QUE SABE DA SÉRIE C


– A gente disputou a Série C com o Cuiabá e foi muito difícil. Montar um time foi muito difícil. Você convida um jogador, na época, quando fomos campeões cuiabanos 2018 e 2019, praticamente ninguém queria ir. Quem é que quer jogar no Mato Grosso, no Cuiabá? Ninguém queria. Foi muito difícil montar uma equipe competitiva para ganhar o título estadual e para subir para a Série B. O atleta não ia. Agora é diferente, o time é líder da Série B. Hoje, o atleta deixa de ir para um time de Série A para ir para o Cuiabá. Há dois anos era o contrário. O Criciúma não. É um clube que revela, formador, campeão. De muitas glórias. Então é um clube que você faz um convite a um atleta e a possibilidade de ele vir é grande. Os clubes que estão na liderança da Série C estão contratando. Então não quer dizer que você é líder que está tudo bem. E nem é o quinto colocado que está tudo perdido. Temos que rever essas questões.

 

TRABALHO NO CRICIÚMA

 

– Eu vejo que uma das principais coisas no futebol, cada um tem um pensamento de gerir elenco, mas eu vejo que o bom ambiente de trabalho é fundamental, independente do momento que se vive. Não pode ter um bom ambiente só quando é líder. Tem que ter um bom ambiente quando não é líder e, as vezes, essa equipe tem dois/três meses de salário atrasado. Temos que criar um bom ambiente e ajudar neste processo. Quando me refiro às glórias e conquistas do Criciúma, quando comecei a jogar, quando jogava no Avaí e na Chapecoense, tive o prazer de jogar contra o Criciúma. Sei quem enfrentei aqui dentro e que, até hoje, onde você vai, você fala do time e vai conseguir nomes consagrados. Não tem como fugir disso. Quanto ao trabalho, eu vim fazer o meu melhor. Tudo tem que ser analisado. Analiso meu trabalho, não me escondo atrás do que eu conquistei há anos. Venho de uma caminhada boa, mas isso não me garante nada no Criciúma. Faz seis anos que eu participei de sete finais. A imprensa busca quem em seis anos disputou sete finais e conseguiu quatro títulos e um acesso. Existe um trabalho. Mas não é eu. É uma comissão, uma direção e os atletas que fazem parte deste trabalho. Gosto de trabalhar assim, juntos, dividindo as responsabilidades e mostrando para cada um a capacidade que tem e valorizando os atletas e quem corta a grama, quem faz a comida, quem limpa as bolas. Todo ser humano precisa ser valorizado. É a maneira que eu procuro trabalhar. O trabalho é fundamental para conquistar alguma coisa. Sorte, não acredito nesta palavra. Creio em trabalho e dedicação.

 

TRABALHO EM ANDAMENTO


— Quando você começa um trabalho, você sabe como começa. Como se constrói um prédio? Quanto mais alto for o prédio, melhor tem que ser a base, a fundação. Quanto melhor a fundação, mais alto você consegue chegar. Quando você começa um trabalho, você faz as coisas à sua maneira, as coisas do início do seu jeito. Hoje a gente pega um trabalho no meio em que pode, se for necessário, adquirir mais atletas, e tem ainda nove jogos para buscar o primeiro objetivo que é a classificação. Quanto mais tempo tem no trabalho, melhor para o treinador. Aqui vamos ter esses jogos que restam para buscar o primeiro passo para, depois, pensar no próximo passo que é o quadrangular.

 

 

FONTE: GLOBO ESPORTE SC

 

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