Jogadora de vôlei descobre problema no coração e dá adeus às quadras aos 25 anos

Mariana é nascida do México, mas tem cidadania brasileira. O Curitiba Vôlei é seu terceiro time profissional e ela fez parte da campanha de 2018/19, que colocou o time na primeira divisão da Superliga. O Curitiba foi eliminado pelo Minas Tênis, nas quartas de final. Ela passou também pelo São Caetano e Praia Clube.

No texto publicado nas redes sociais, ela lembrou que a doença a permite ter uma vida normal e saudável, mas não como atleta profissional.

– Não consigo mensurar a dor que sinto em deixar as quadras, pois foi uma vida inteira de dedicação, mas agradeço a Deus por estar viva e poder ter uma outra chance de descobrir outras paixões.

A miocardiopatia hipertrófica é um doença que causa uma deficiência do músculo cardíaco e de causa, geralmente, genética. Ela é colocada como risco para jovens atletas, que podem sentir mal súbito ou ter um ataque cardíaco.

Em nota, o Curitiba Vôlei também confirmou a aposentadoria e o diagnóstico, que é assinado pela diretoria do clube e também pelos médicos Álvaro Chamecki e Karen Castro .

Veja abaixo o texto completo de Mariana

– Bom, queria contar uma coisa a vocês! Jogo vôlei a 19 anos, desde os meus 6 e até antes disso sou apaixonada por esse esporte (e apaixonada por esportes em geral). Hoje cá estou com muita dor no peito dizendo adeus das quadras como atleta e dizendo oi para uma nova vida! Antes de tudo, queria agradecer de coração a TODOS que fizeram parte da minha história de alguma maneira, a todos que conheci e tive o privilégio de ter uma amizade. Preciso também agradecer a esse esporte que me ensinou tantas coisas principalmente como ser humano. Me ensinou o que é amar, o que é respeitar o outro e suas diferenças, me ensinou a ter resiliência, me ensinou a ter disciplina, determinação, responsabilidade…posso ficar até amanhã falando de tudo o vôlei já agregou na minha vida. Descobrimos em exames de rotinas na pré-temporada que tenho uma doença no coração chamada miocardiopatia hipertrófica, basicamente é uma doença que não me permite ser atleta mas sim em ter uma vida normal e saudável. Não consigo mensurar a dor que sinto em deixar as quadras, pois foi uma vida inteira de dedicação, mas agradeço a Deus por estar viva e poder ter uma outra chance de descobrir outras paixões! Jamais entenderei os planos Dele e nem quero, só me basta agradecer! Obrigada a todos que já estão me apoiando, sem vocês não sei o que seria de mim! Hoje um sonho se vai e amanhã um novo sonho virá. GRATA por tudo o que vivi em todos esses anos e agora necessito encontrar uma nova Galon!