Rui Car
18/05/2021 08h40

Livro comemora os 30 anos do maior título do Criciúma

Foi em 1991, entre fevereiro e junho, que o Tigre escreveu a página mais vitoriosa da sua história: foi campeão invicto da Copa do Brasil

Assistência Familiar Alto Vale
A capa do livro de Jota Éder (Foto: Divulgação)

A capa do livro de Jota Éder (Foto: Divulgação)

Delta Ativa

Na primeira metade de 2021, o pior semestre da história do Criciúma. Exatos 30 anos antes, o melhor primeiro semestre. Foi em 1991, entre fevereiro e junho, que o Tigre escreveu a página mais vitoriosa da sua história: foi campeão invicto da Copa do Brasil, um título até hoje não repetido por qualquer outro clube de Santa Catarina.

 

Os tempos atuais são outros, bem diferentes. Recém rebaixado no Campeonato Catarinense, o Criciúma parte para uma dolorosa reconstrução. Entra no Campeonato Brasileiro da Série C, a partir do dia 29, lutando para não sofrer um novo descenso. 

 

É nesse clima, sem muito para comemorar, que o Criciúma está às vésperas de alcançar os 30 anos da conquista da Copa do Brasil. Em 2 de junho de 91 ocorria o histórico 0 a 0 com o Grêmio, no estádio Heriberto Hülse, que conferia ao Tigre o inédito título e a vaga na Taça Libertadores da América de 1992.

 

Criciúma recebendo a taça em 1991

Criciúma recebendo a taça em 1991 (Foto: Antônio Carlos Mafalda / Agência RBS)

Felipão: “precisávamos daquele título”

 

— Precisávamos daquele título. Tanto que quanto eles, para que consolidássemos os nossos nomes —. Essa é, hoje, a definição do técnico Luiz Felipe Scolari, à época um jovem e iniciante treinador, que a partir dali via sua carreira saltar ao ponto de, uma década depois, comandar o Brasil ao faturar a Copa do Mundo de 2002. 

 

Felipão em um treino do Criciúma em 1991

Felipão em um treino do Criciúma em 1991 (Foto: Luiz Machado / Agência RBS)

Felipão é um dos personagens de “Criciúma campeão da Copa do Brasil”, o livro que assinala os 30 anos da façanha, produzido e escrito pelo jornalista Jota Éder, e que terá lançamento digital justamente na data da comemoração, o próximo dia 2. — Todos os atletas, membros da comissão técnica, dirigentes e até muitos torcedores foram entrevistados. Foram 15 horas de gravações por telefone em um mês de entrevistas. Foi a forma que encontramos, preservando a saúde de todos, de produzir esse conteúdo em meio a uma pandemia — conta o autor. 

 

Os craques daquele time campeão abiram o coração. — Eles contaram histórias de viagens, de concentrações e de vestiário. O Felipão lembra que se demitiu no meio daquela campanha — recorda Éder. — Em Belém, a torcida do Remo quase virou o ônibus da delegação. E os detalhes da briga de torcedores no jogo de ida contra o Grêmio, por quem viu de perto a confusão — adianta. — O nosso time era muito unido, dentro e fora de campo —, disse o lateral esquerdo e capitão do Criciúma campeão, o ex-jogador Itá.

 

Os jornais da época também foram pesquisados e, na etapa final, o texto de Jota Éder menciona a conquista do tricampeonato catarinense, ainda em 91, e a histórica campanha da Libertadores de 92. — Foi um período mágico para a torcida carvoeira — reforça o jornalista. — Ao final do texto, um caderno de fotos cedidas pelos próprios atletas e de páginas dos jornais históricos com a cobertura da decisão — emenda.

 

Ainda não há data para o lançamento do livro físico, impresso no papel. — Mas a intenção é coloca-lo ao dispor ainda em junho — projeta. A capa foi desenhada pela designer Natália Manica Santos. 

 

Alexandre Pandóssio, goleiro do Criciúma campeão, faleceu em 2015

Alexandre Pandóssio, goleiro do Criciúma campeão, faleceu em 2015 (Foto: Caio Marcelo / Agência RBS)

Nas suas redes sociais, Jota Éder vem promovendo o lançamento digital do livro. Nas páginas do autor, é possível encontrar as informações sobre a forma de ter acesso à publicação.


POR: DENIS LUCIANO – NSC TOTAL

SIGA AS REDES SOCIAIS DA RÁDIO EDUCADORA: INSTAGRAMFACEBOOKYOUTUBE E SOUNDCLOUD.

RECEBA NOTÍCIAS DO ALTO VALE DIRETAMENTE NO SEU CELULAR CLICANDO AQUI.
Justen Celulares