O técnico Vanderlei Luxemburgo dividiu as primeiras impressões sobre o empate do Vasco com o Athletico – 1 a 1, gols de Madson e Danilo Barcelos, de pênalti. Ele reconheceu méritos do time paranaense, que ganhou nesta semana a Copa do Brasil, mas reclamou do comportamento do rival, com cera e “antijogo” em São Januário. E lamentou a anulação do gol de desempate, de Raul.
No lance, o árbitro Anderson Daronco reviu no vídeo o pisão de Henriquez em Santos e anulou o gol da virada do Vasco. Vanderlei Luxemburgo considerou que o lance deveria ter sido validado.
– Futebol tem contato, tem horas que é difícil de evitar. O cara está ali. Fiz questão de ver o lance. Não vi em momento algum a intenção do Henriquez de pisar o pescoço do cara (Santos). Ele está caído e não tem como ele (Henriquez) fugir do choque ali. Não teve intenção de sair pisando. Falta sensibilidade do VAR de entender que não conseguiu fugir do choque. Henriquez não é jogador violento. É um choque que simplesmente acontece – disse o treinador do Vasco.
Vanderlei Luxemburgo, técnico do Vasco — Foto: André Durão
Campeão da Copa do Brasil, o Athletico-PR saiu na frente, com gol de Madson, ex-jogador do Vasco, em cabeçada no segundo tempo. O técnico vascaíno elogiou os atleticanos, mas fez críticas e lembrou confusão na partida dos paranaenses com o Santos, na Vila Belmiro.
– A torcida abraçou o time. Em momento algum vi a torcida se voltar contra a equipe. Viu que estávamos dentro do jogo. Enfrentamos uma grande equipe, acabou de vencer a Copa do Brasil. Vem de um ano e meio pronto, base, treinador, é difícil de conquistar vitória. Ganharam do Flamengo, Inter, venceram a Copa do Brasil. É o time mais argentino hoje do Brasil – definiu, antes de explicar:
– É o que mais toma tempo de jogo. Com queda, morosidade no atendimento, ganhando tempo na lesão. É um time que sabe estar com resultado e fazer coisa que argentino faz muito bem. Santos e Athletico na Vila Belmiro também teve isso. Fizeram antijogo a todo momento. Caindo, caindo, ganhando tempo. Mas não quero tirar mérito deles, não. Ganhamos um ponto, não perdemos dois não.
Veja outros trechos da entrevista de Vanderlei Luxemburgo:
Substituições no jogo
– O time está evoluindo. Houve as trocas normais, mantendo de início a estrutura tática e depois mudando. Houve um momento em que mudei a estrutura tática. Depois do pênalti, começamos a dominar o jogo. Eles só tinham o contra-ataque e a bola parada.
Bom momento do Raul
– Ele vem jogando bem há tempos, fazendo participação. Hoje foi mais agudo ainda, decisivo. Estamos criando essa característica nele. Meia tem de pisar na área. E ele pisou na área, fez ultrapassagem. Eu acho que volante que fica por trás.
Mudança na postura
– Primeiro eu queria dar estrutura tática. A primeira foi ficar fechado, retraído. Eu dei essa estrutura, mas agora preciso crescer um pouco mais. Eu vejo que utilizam muito os goleiros. A gente fez a bola voltar ao goleiro para ele arriscar. O goleiro é muito bom e mesmo assim eles erraram. Eu não saí tocando porque tem uma marcação adiantada muito boa. Treinei também, você viu que eu treinei o Ribamar para a bola sobrar para o Talles. Queríamos dessa forma
Momento do Vasco
– Se você pegar da minha entrada para cá, a nossa disputa é de Brasileiro disputando lá em cima. Em oitavo, sétimo, sexto. Nós estamos dentro da competição. Estamos jogando o Brasileiro com a intensidade que ele permite.
Perda de Talles
– O clube forma jogador, paga salário, isso, aquilo, e falta a CBF entender a necessidade. Estamos numa posição de buscar manter o time na primeira divisão e eles estão radicais no sentido de liberar o jogador. Já não liberaram.