Rui Car
05/11/2019 12h11 - Atualizado em 05/11/2019 11h03

Mano Menezes fala da demissão de Carille no Corinthians: “Talvez tenha sido sincero demais”

"Se rival tivesse vencido o Flamengo, mudança no comando não teria ocorrido"

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A saída do técnico Fabio Carille do comando do Corinthians foi um dos assuntos debatidos pelos comentaristas e também pelo técnico Mano Menezes, do Palmeiras, convidado do “Bem, Amigos”, do SporTV, no programa desta segunda-feira.

 

Depois da goleada sofrida pelo time corintiano no último domingo contra o Flamengo, no Maracanã, Carille foi demitido. A diretoria alvinegra agora tenta a contratação de Tiago Nunes, que tem contrato com o Athletico-PR até o fim do ano e discute renovação com o clube paranaense.

Mano Menezes, que já trabalhou com Carille no Corinthians, não acredita que a entrevista que o técnico deu na sexta passada, quando disse sentir “vergonha” do trabalho realizado no clube, tenha sido decisiva para a demissão. Mesmo assim, o palmeirense fez sua análise:

 

– Não foi uma entrevista pós-jogo, foi 48 horas depois, cabeça já tranquila, então é bem provável que esse assunto tenha sido abordado no vestiário também – contou Mano.

 

– Talvez ele tenha sido sincero demais, na circunstância, porque a coisa já vinha se arrastando, a pressão era grande por resultado, e aí talvez não precisasse ter externado tanto quanto externou – completou.

 

Mano Menezes, do Palmeiras, no Bem Amigos — Foto: ReproduçãoMano Menezes, do Palmeiras, no Bem Amigos — Foto: Reprodução

Mano Menezes, do Palmeiras, no Bem Amigos — Foto: Reprodução

 

A queda de Carille ocorreu minutos depois da derrota por 4 a 1 para o Flamengo, domingo, no Maracanã. Se o resultado fosse diferente, Carille poderia ter ficado, na opinião de Mano Menezes:

 

– Certamente! O que quer dizer que as declarações não foram tão ofensivas quanto o Marco Antônio (Rodrigues, comentarista) acha. O resultado, se viesse, seria capaz de administrar bem essas outras situações. Não estou defendendo, mas estamos analisando as respostas dele.

 

 

Muricy Ramalho também relativizou o teor das declarações:

 

– A gente não sabe o que tem lá dentro, que tamanho que está o negócio.

 

Já Maurício Noriega teve outra interpretação:

 

– A entrevista dele é uma carta de demissão. A leitura que faço da entrevista dele é um desabafo, uma espécie de despedida, um “larguei”.

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