Rui Car
05/06/2017 08h22

Meio tempo, discussão com Rodrigo Caio e irreverência: a estreia de Sheik na Ponte

Na saída, evitou polêmicas e projetou bom ano da Macaca

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Globo Esporte

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Emerson Sheik precisou de meio tempo para mostrar parte do seu repertório ao torcedor da Ponte Preta. Principal contratação para o Campeonato Brasileiro, o atacante entrou no intervalo e ajudou a mudar a partida contra o São Paulo. Se a explosão não é a mesma de outros tempos, o veterano esquentou, a partir do famoso jeito irreverente e provocador, o duelo deste domingo e colaborou para que a Macaca vencesse por 1 a 0, gol marcado por Lucca.

 

 

Com a camisa 21 às costas, Sheik assumiu o lugar de Jeferson depois do intervalo e participou de todo o segundo tempo. A pedido de Gilson Kleina, atuou centralizado, como referência para os companheiros. Não teve nenhuma chance de chutar a gol, mas participou do início da jogada que acabou com finalização precisa de Lucca no canto esquerdo de Renan Ribeiro. Isso tudo com só cinco minutos em campo.

 

 

Se foi discreto com a bola nos pés, como ele próprio admitiu ao fim da partida, o atacante mostrou outra de suas especialidades: desestabilizar o adversário. Sheik reclamou de uma entrada dura de Rodrigo Caio aos 12 minutos e “deu o troco” 20 minutos depois, ao se enroscar com o zagueiro são-paulino. O lance irritou o camisa 3 do Tricolor e também o goleiro Renan Ribeiro. Todos foram amarelados pelo árbitro Rodolpho Toski Marques.

 

– Foi uma bola aérea, em que é natural que o braço escape um pouco. Aconteceu com o Rodrigo no primeiro lance. Sei que não é o feitio dele, é um atleta extremamente honesto na maneira de jogar. No segundo lance foi braço para tudo quanto é lado. Assim como não teve maldade da parte dele, na minha também não. Ele achou que houve um pouco de agressividade, mas depois de uma conversa de cavalheiros ele entendeu – disse o atacante.

 

Sobre o próprio desempenho em sua primeira partida na Macaca, Sheik foi realista e disse que ainda pode melhorar. Ainda falta adquirir ritmo de jogo, já que não atuava desde a saída do Flamengo, no fim de 2016. O atacante espera contribuir – com a bola nos pés ou também em outros fatores que fazem parte do futebol – para que o clube alcance uma boa campanha no Brasileirão.

 

 

– Podia ser melhor, mas fico feliz pelo retorno. Um pouco de maturidade, de malandragem no bom sentido, é bom para toda a equipe. Toda equipe tem que ter um perfil de cada coisa. São personalidades diferentes que se misturam e formam uma equipe competitiva. Espero que essas personalidades possam se juntar e fazer um ano bom para a Ponte, porque ela merece.

 

A Macaca volta a campo pelo Brasileirão na próxima quinta-feira, em Goiânia, contra o lanterna Atlético-GO. O time tem sete pontos em quatro rodadas e tenta vencer a primeira partida como visitante no campeonato, depois de derrota para o Botafogo (2 a 0) e empate com o Atlético-MG (2 a 2).

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