Foto: Lucas Figueiredo / CBF
Santa Catarina é o estado mais afetado com a mudança na forma de distribuição das vagas da Copa do Brasil 2024. Para a atual edição, Chapecoense e Avaí, além de Criciúma, que ainda passará por sorteio para saber se entra, conseguiram a vaga pelo Ranking Nacional de Clubes.
Se a mudança valesse já para 2023, por exemplo, os representantes de Santa Catarina na Copa do Brasil seriam apenas Brusque, Camboriú e Marcílio Dias.
Chapecoense, Avaí e Criciúma (que disputaram as principais divisões nacionais nesta temporada) estariam fora.
Para que vale o RNC, então? Para nada. Os clubes já não dependem apenas de seu próprio retrospecto recente, precisam também que outros de seu estado estejam bem para alavancar o número de vagas.
A decisão da CBF fortalece a importância dos estaduais, mas é completamente questionável. O Campeonato Catarinense gera um déficit enorme para os clubes, e nenhuma solução é apresentada para resolver isso.
Na Chapecoense a decisão já gerou repercussão. O clube, que tinha um planejamento para o estadual, agora encara a competição com mais peso.
Outro ponto que a medida da CBF vai gerar é acordos de cavalheiros em partidas. Podem contar que clubes do mesmo estado que se enfrentarem na reta final de competições nacionais vão ter a equação da distribuição de vagas para a Copa do Brasil em mente.
Quem ajuda em um ano pode ser ajudado no ano seguinte.
Se de um lado os clubes se esforçam para uma divisão igualitária de recursos em competições nacionais, do lado oposto a CBF se esforça para favorecer as federações de sempre.
Fonte: Eduardo Florão / ND+
