Rui Car
10/03/2017 09h30 - Atualizado em 10/03/2017 08h38

Novo candidato a xodó do Flamengo, colombiano fez curso de velocista e beira os 40 km/h

Na concorrência por uma vaga no time, difícil Berrío não chegar primeiro

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A cada arrancada próxima a linha lateral do San Lorenzo, Berrío, mesmo sem ainda entender bem o português, sentia o calor da torcida do Flamengo o empurrando em direção ao gol. O primeiro contato do colombiano com a Nação no Maracanã foi amor à primeira vista. Os rubro-negros descobriram que a velocidade não é a única virtude.

 

A noção tática na marcação, a raça, sempre exigida, e o espirito de Libertadores, competição da qual é atual campeão, formam uma lista que torna improvável que o camisa 28 saia do time. Não fosse somente isso, o atacante tem números na parte física que dificultam a permanência de Mancuello como titular.

 

No Atlético-Naciona, da Colômbia, Berrío realizou um treinamento para aprimorar a técnica de corrida, semelhante ao que os grandes corredores do atletismo fazem. No curso, aprendeu a coordenar movimentos de braços e pernas e correr na ponta do pé como Usain Bolt e companhia. O que o fazem chegar a quase 40 km/h nos picos de velocidade (chega fácil aos 35 km/h nos treinos).

 

O preparador físico do Flamengo, Daniel Gonçalves, rechaçou o estudo que aponta Berrío o segundo mais veloz do mundo atrás de Gareth Bale, do Real Madrid, devido aos números dos demais concorrentes. Mas acredita que o atacante do Flamengo pode ser o mais rápido do mundo no futuro.

 

– Ele tem toda a mecânica. A velocidade é determinada geneticamente. Impressiona pela facilidade com que ele vence a inércia e pela velocidade prolongada. Tem que continuar sendo trabalhado para atingir valores mais elevados e um dia possa ser tido como mais o rápido do mundo – projeta o profissional do Flamengo.

 

O clube teve recentemente grandes corredores. Marcelo Cirino, ainda no elenco, também chamou atenção pela velocidade em arrancadas. Agora, Berrío é o mais rápido do grupo, e também o mais forte. A relação entre a massa muscular e a corporal é ideal, segundo Daniel Gonçalves, o que faz a força para a execução do movimento ainda maior. Por isso, em vez de pedir a bola no pé, Berrío está entre os atletas que gostam de lançamentos na frente, preferência percebida no Maracanã quarta-feira.

 

– O que faz ele ser rápido é ter mecânica com joelho alto, corrida na ponta do pé, não é espalhada, isso realça o movimento para frente. Jogador desse tipo tem que ser bom de largada, porque vai fazer um pique de 30, 40 metros no máximo. Apesar de ele ter boa velocidade prolongada. Tem que ser bom nos primeiros passos. Tem atleta que conduz e prefere que dê a bola nele, outros que dê na frente. Berrio é o segundo caso – comparou Daniel.

 

O jogador pode aparecer no time reserva que enfrenta a Portuguesa neste sábado pelo Estadual. Na concorrência por uma vaga no time, difícil Berrío não chegar primeiro.

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