Apresentado na terça-feira como novo técnico da seleção brasileira masculina de basquete, Aleksandar Petrovic tem o desafio de reerguer a equipe nacional. O croata vai ter pouco tempo de preparação antes do primeiro teste, a estreia nas classificatórias para a Copa do Mundo da China 2019, contra o Chile, no dia 24 de novembro. Vão ser apenas três dias de treino com foco no que o treinador considerou o maior problema do Brasil: a defesa.
– Estou fazendo a radiografia ainda. Há um ano e dois meses, minha seleção da Croácia jogou contra o Brasil. Neste momento, eu vi alguns problemas que o Brasil tinha e por isso que depois de 40 minutos a Croácia ganhou. Estamos todos na mesma direção. Não tenho problema em falar: o Brasil defende muito mal. Quero começar na defesa, fazer alguns ajustes que podem ajudar muito essa equipe – disse o técnico.
Sob o comando de Petrovic, a Croácia venceu o Brasil na fase de grupos da Olimpíada do Rio por 80 a 76. A equipe europeia liderou o Grupo B, mas caiu nas quartas de final diante da rival Sérvia. Na última EuroBasket, em setembro, ainda sob comando de Petrovic, a Croácia parou nas oitavas de final diante da Rússia.
Em duas semanas, Petrovic vai anunciar sua primeira convocação. O pivô Rafael Mineiro, do Franca, é o único já garantido pelo técnico na lista que enfrenta o Chile e a Venezuela no dia 27 de novembro, na Arena Carioca 1, dentro do Parque Olímpico do Rio. Ele ganhou o posto justamente por seu trabalho defensivo na AmeriCup. Outro ponto que o treinador destaque é a intensidade.
Os jogadores do Brasil têm muita qualidade de ataque, mas tudo começa na defesa. Quero falar com os jogadores mais experientes, porque quero ver como eles pensam sobre jogar um pouco diferente. Quero intensidade. Quero uma defesa ferrenha. Não vou imprimir meu planejamento de jogo no ataque. Vai ser como uma pintura. Eu vou lhes dar a tela, e eles vão pintar o ataque. Na defesa, eu vou ditar as regras, e eles vão à morte por essas regras – disse Petrovic.
O croata já antecipou que pretende contar com o armador Marcelinho Huertas, visto como uma peça fundamental especialmente para o duelo com a Venezuela. Só que ele atua no time espanhol Baskonia, e pode não ser liberado. Os clubes europeus estão em atrito com a Federação Internacional de Basquete (Fiba) por causa do calendário do novo modelo de classificação para a Copa do Mundo da China – antes a AmeriCup distribuía as vagas continentais.
