Rui Car
20/08/2019 13h30 - Atualizado em 20/08/2019 13h38

Presidente do Santos diz que deseja renovar contrato do técnico Jorge Sampaoli até 2023

José Carlos Peres também fala de Cueva, terceiro uniforme do Peixe, reeleição, relação com Orlando Rollo e até de Fernando Diniz

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O presidente do Santos, José Carlos Peres, afirmou nesta segunda-feira que pretende oferecer em ao técnico Jorge Sampaoli uma proposta de renovação de contrato até 2023. Atualmente, o argentino tem contrato com o Peixe até o fim de 2020, com multa rescisória de cerca de R$ 10 milhões.

 

– Combinamos de conversar após a última rodada (do Campeonato Brasileiro) sobre o futuro. Estou adiantando e conversarei antes com ele e o Paulo (Autuori, diretor de futebol) sobre um contrato até 2023 – disse Peres, em entrevista à rádio “Kiss FM” – a informação foi divulgada inicialmente pela “Gazeta Esportiva”.

 

– Queremos antecipar essa situação (da renovação contratual de Sampaoli) para ter tranquilidade. Tivemos um semestre difícil, contratamos bastante a pedido do Sampaoli. A fase mais difícil, a de montar elenco, já foi. Precisamos de mais alguns, não é o time perfeito ainda. Este ano foi para o Sampaoli introduzir um novo conceito, uma nova metodologia – emendou o presidente do Santos.

 

O mandato de Peres no Santos vai até o fim de 2020, justamente até quando dura o vínculo de Sampaoli. Na entrevista, o mandatário também negou a tentativa de reeleição na presidência do Peixe (veja as principais respostas abaixo).

 

 

Recentemente, Sampaoli afirmou em entrevista coletiva que deseja “ficar muito tempo” no Santos e que quer “cumprir o sonho de ser campeão” no clube.

 

– Sobre o lugar que tenho hoje: quero ficar muito tempo aqui. Que haja essa possibilidade. Tudo depende de resultado, mas não tivemos algo formal sobre contrato. Seria muito bom cumprir o sonho de ser campeão com o Santos – disse Sampaoli, na semana passada.

 

 

Até o momento, Sampaoli dirigiu o Santos em 41 jogos oficiais na temporada. São 23 vitórias, oito empates e 10 derrotas, um aproveitamento de 62,6%. O Peixe lidera o Campeonato Brasileiro, mas foi eliminado de forma precoce na Copa do Brasil e na Copa Sul-Americana.

 

Veja outras respostas de Peres:

Cueva

– De jeito nenhum (se arrependeu de contratá-lo). Ele veio depois da pré-temporada, teve dificuldade, estava desalinhado na questão física. Quem pediu foi o Sampaoli. Nunca vi um jogador tão dedicado como ele. Não venho falar mentira. Ele chegou a contratar um personal trainer. Não faltou uma vez no treino, não chegou atrasado. Teve problema com a filha, que nasceu prematura. Hoje ele é jogador do Santos. O Sampaoli não falou que não quer mais ele. Temos de tratá-lo com dignidade, está vivendo um drama. Tem se dedicado nos treinos. Temos de dar a mão à palmatória. Não é aquilo que falam.

 

Terceiro uniforme

– A camisa não será preta, é escura. Como um grafite. Bem bonita.

 

Reeleição?

– Não pretendo ser candidato à reeleição. Pode acontecer muita coisa e me chamarem de mentiroso, mas digo hoje: é pensar muito em qualquer tipo de reeleição. É o cenário de hoje.

 

Fernando Diniz na base?

– Antes do início da gestão conversei por quatro ou cinco horas com ele. Queria que ele trabalhasse na base do Santos, treinando sub-20 e sub-23, que tinha na época (a categoria foi extinta). Quase chegamos num acordo. Grande treinador, com o perfil do Santos, mas ele foi para o Guarani, aí ficou difícil para a gente.

 

Mais Sampaoli

– Sampaoli não foi contratado para ganhar título no primeiro ano. Ele é um treinador “top”, vinha da seleção argentina. Claramente precisava antes de mais nada de adaptação. Todos os técnicos estrangeiros foram embora rápido. Contratação tem que ser planejada. Ele é nosso treinador até 2020. Quem sabe até 2023.

 

Relação com Orlando Rollo, vice-presidente

– Adotou uma linha quando pediram meu impeachment. Fez declarações contra mim e eu entendi que acabou a confiança. Dei três departamentos para ele tocar: segurança, esportes olímpicos e futebol feminino. Aí ele se colocou contra mim. Foi provada nas urnas a ruptura de confiança. Não tenho raiva, mas acho que ele entendeu. Se afastou desde setembro e pode voltar ao Comitê de Gestão. Ele pode ser um vice que ajuda ou vai ficar tentando assumir.

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