Rui Car
27/09/2019 08h43

Oswaldo fica por um fio após bate-boca com Ganso e gesto obsceno; reunião nesta sexta será decisiva

Desgaste aumenta após reação explosiva do treinador contra torcedores e principal jogador do time

Assistência Familiar Alto Vale
Globo Esporte

Globo Esporte

Delta Ativa

O Fluminense não perdeu e saiu a zona de rebaixamento do Brasileirão, mas os episódios do empate em 1 a 1 com o Santos deixaram ainda mais delicada a situação do técnico Oswaldo de Oliveira. Ameaçado pelos resultados e pelo desempenho do time, o treinador, agora, sofre com o desgaste de ter entrado em atrito com a torcida e com o principal jogador do elenco, Paulo Henrique Ganso. O técnico trocou ofensas com o camisa 10 durante o jogo e fez gesto obsceno a torcedores que o hostilizaram na saída para o vestiário.

 

 

O treinador não foi demitido após a partida, mas está longe de estar com o cargo em segurança. A sexta-feira promete ser decisiva. A tendência é que o presidente Mário Bittencourt, o vice-geral Celso Barros e o diretor de futebol Paulo Angioni se reúnam pela manhã para definir o futuro do treinador.

 

Mário e Celso deixaram a cabine na qual assistiam ao jogo no Maracanã aos 39 minutos do segundo tempo, passaram pouco tempo com elenco e comissão técnica e logo foram embora, em carros diferentes. A saída rápida dos dirigentes, que costumam passar mais tempo conversando no vestiário, chamou a atenção dos presentes e soou como falta de apoio à comissão técnica.

 

 

O trio preferiu não debater o assunto e tomar uma decisão logo após o fim do jogo. Assim como aconteceu na demissão de Fernando Diniz, os dirigentes decidiram conversar com mais calma no dia seguinte.

 

Dificilmente o treinador permanecerá no cargo. A situação já era vista como delicada devido ao contexto de resultados, desempenho do time e pouca adaptação do elenco ao método de trabalho. Com os episódios desta noite, a visão é de que a situação ficou difícil de se sustentar.

 

O gesto obsceno aos torcedores que o hostilizavam na saída para o vestiário pesa forte contra o treinador. O bate-boca na beira do campo com Ganso após substituir o camisa 10 é outro complicador.

 

 

Se optar pela saída de Oswaldo, a tendência é que o Fluminense tenha o auxiliar Marcão no comando do time no domingo, contra o Grêmio, no Maracanã, pela próxima rodada do Brasileirão, devido ao curto espaço entre as partidas.

 

A disponibilidade no mercado de Cuca e Rogério Ceni, após demissões de São Paulo e Cruzeiro, respectivamente, abrem o leque de opções caso o Tricolor opte pela demissão. Vale lembrar que o primeiro já trabalhou no clube junto de Mário e Celso em 2009, quando da arrancada que livrou o time da Série B.

 

O Flu, no entanto, tem a busca comprometida pela dificuldade financeira e o momento conturbado. Tanto que há pouco mais de um mês Oswaldo foi a terceira opção tentada pela diretoria, após investidas em Abel Braga e Dorival Júnior.

 

O Fluminense se reapresenta na tarde desta sexta-feira, no CTPA. Em tese, com Oswaldo no comando do treinamento, marcado para as 15h (de Brasília). O time das Laranjeiras terá dois dias de preparação antes da próxima rodada do Campeonato Brasileiro.

Justen Celulares