Rui Car
25/10/2018 11h11 - Atualizado em 25/10/2018 08h18

Paulo André explica como está sendo a transição de jogador para dirigente

Jogador exerce dupla função dentro do clube e foca na formação de jogadores

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Globo Esporte

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Títulos? São vários. Campeão Brasileiro, da Libertadores, Mundial. Além dos Campeonatos Paulista e Paranaense. Com 35 anos, dá para dizer tranquilamente que Paulo André tem uma carreira vitoriosa. Um ciclo próximo do fim.

 

Há dois anos e meio morando dentro do Centro de Treinamento do Atlético, por opção, o jogador já se prepara para pendurar as chuteiras. Quando? Ele ainda não quer cravar. Provavelmente no final do ano. Uma Libertadores em 2019 pode mudar os planos. Mas a realidade é que Paulo Andrá já tem conciliado duas carreiras: a de jogador e a de dirigente – ou como ele prefere dizer:

 

“A palavra certa é estagiário. Estou lá aprendendo. Desde o começo do ano passo em alguns setores do clube. Como moro no CT do Caju tenho tempo livre, então sento lá e dou meus palpites. Sao 2 anos e meio morando ali e estou me preparando. Fiz administração, pós em gestão do esporte, estou cada vez mais me preparando pra seguir esse caminho”, afirmou depois da partida contra o Bahia, pela Copa Sul Americana, na zona mista.

 

Paulo André tem ajudado especialmente nas categorias de base do Atlético. Entre seus “pitacos” alguns jogadores que devem chegar para o time de Aspirantes do ano que vem. Se tudo der certo: Robson Bambu (que já tem pré-contrato, mas também interessa ao Corinthians), Erick (Operário) e Guilherme do São Paulo. A ideia é trabalhar na captação de jogadores.

 

Paulo também teve participação na vinda de Augusto de Oliveira, ex-diretor de futebol do Coritiba que hoje presta consultoria para o Atlético na avaliação de jovens atletas.

 

“O que eu quero colaborar? Se a gente conseguir mudar a cultura de formação do futebol brasileiro seria passo bacana para uma retomada, uma revolução. Somos paternalistas, damos de mão beijada. A gente não capacita esses meninos pra terem autonomia, para serem emancipados aos 18 anos. A maior falha é dos clubes porque eles passam a maior parte do tempo ali dentro”.

 

“A molecada hoje me encanta, garotos de 10 a 17 anos ainda tem essência da paixão pelo futebol que eu tinha perdido um pouco, então ver o sonho a alegria tem me cativado bastante”, ressaltou.

 

“Sei que tem uma rejeição grande, muita gente que tem medo, receio ou uma certa aversão ao meu nome. Mas nunca me importei com isso e vou continuar não me importando”, finalizou.

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