Presidente do PAOK se desculpa por arma em campo: “Intenção é proteger torcedor”

– Peço desculpas. Realmente eu não tinha direito de entrar no campo de jogo daquela maneiras – afirmou Savvidis.

O dirigente afirmou que sua reação foi causada por “situações negativas generalizadas” que ocorrem no futebol grego, pela atuação ruim do árbitro e seu assistente e pela invasão do campo por “muitas pessoas em ambos os lados”.

– Minha única intenção era proteger milhares de torcedores do PAOK de provocações, brigas e ferimentos (…) Acreditem que não tive a intenção de brigar com nossos adversários ou árbitros. E, obviamente, não ameaçar ninguém. (…) Infelizmente, minha família e eu, assim como meus colegas, se tornaram reféns de um status quo de futebol totalmente doente. (…) Apesar dos ataques ininterruptos que enfrento em todas as frentes, luto e continuarei a lutar pelo futebol justo, arbitragem equilibrada em todos os jogos e títulos ganhos no campo e não nos tribunais.

O clássico entre PAOK e AEK foi suspenso já nos acréscimos, quando Savvidis invadiu o gramado para reclamar de um gol de sua equipe, anulado pelo árbitro nos acréscimos, e ordenar que o time deixasse o campo.

O tumulto teve início quando o juiz Georgios Kominis anulou um gol marcado pelo zagueiro Fernando Varela, aos 44 minutos do segundo tempo – depois de chegar a validar o lance, apontando para o meio de campo. Entretanto, o árbitro voltou atrás após longa conversa com os auxiliares, durante mais de seis minutos. O motivo foi a posição de impedimento do zagueiro Maurício, que pulou para deixar que a bola entrasse no gol, gerando dúvida se tinha participado ou não do lance.

O governo grego decidiu interromper o campeonato nacional no último domingo, a cinco rodadas para o final do torneio, após o tumulto no clássico entre PAOK e AEK – apenas mais uma confusão em jogos da competição, marcada por polêmicas nos últimos anos.

– Decidimos suspender o campeonato por tempo indeterminado. O mais importante é que as regras se aplicam a todos. Estamos em contato com a Uefa, e o campeonato não será retomado até que haja um novo cenário, aceito por todos, para avançar nas regras e regulamentos – disse Vassialiadis na última segunda, após reunião de emergência com o primeiro-ministro grego, Alexis Tsipras.