Rui Car
13/01/2022 16h32

Prisco Paraíso é empossado como presidente da SAF do Figueirense e cita início da busca por investidor

Dirigente explica os próximos passos do planejamento e almeja o Alvinegro na Série A em 2024

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Paulo Prisco Paraíso durante a posse da SAF do Figueirense (Foto: Patrick Floriani / Figueirense FC)

Paulo Prisco Paraíso durante a posse da SAF do Figueirense (Foto: Patrick Floriani / Figueirense FC)

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Paulo Prisco Paraíso foi empossado como presidente da SAF do Figueirense. Na cerimônia realizada nesta quinta-feira, no Orlando Scarpelli, o dirigente explicou os próximos passos do planejamento do Alvinegro e detalhou também como está a busca por um investidor para o clube, porém, o processo ainda é visto como estágio inicial.

 

Não esperem que a gente anunciem um sócio daqui a 30, 60, 90 ou 120 dias. Dificilmente isso vai acontecer. Primeiro temos que fazer tudo de maneira segura. Aqui não tem ninguém que vá chegar no aeroporto dizendo que vai comprar o Figueirense. Esse tipo de farofada não faz parte do nosso trabalho. Aqui tudo é feito com base na confidencialidade e na hora certa as coisas acontecem“, disse Prisco Paraíso.

 

Paraíso considera que a criação da SAF é um marco para o futuro do Figueirense, que conseguiu recentemente a homologação para o processo de recuperação extrajudicial, que permite a renegociação das dívidas com os credores. Com isso, o dirigente vê isso como um diferencial diante a outros clubes do Brasil que já adotam o modelo, como Cruzeiro e Botafogo.

 

É um divisor de águas para tornar o Figueirense novamente o maior clube de Santa Catarina e colocá-lo de novo na elite do futebol brasileiro. O Figueirense está na vanguarda e vai dar exemplo para o Brasil de como fazer uma administração eficiente para conquistar os objetivos“.

 

O Figueirense já tem uma recuperação extrajudicial homologada, isso significa que o clube tem sua dívida levantada e negociada com os credores, com um ano de carência e prazo de pagamento que vai de 10 a 20 anos. Ou seja, a partir de agora podemos conversar com investidores para captar recursos e atingir seus objetivos“, destacou o dirigente.

 

De acordo com Prisco Paraíso, a dívida do Figueirense era de R$ 185 milhões, mas que com a recuperação extrajudicial o clube já conseguiu reduzir o valor para R$ 110 milhões em virtude das negociações com os credores. O dirigente afirmou que o investidor interessado em assumir a SAF do clube precisa ter a clareza da obrigação de quitar a dívida acumulada pela Associação e pela LTDA. Para ele, a observação do cenário indica a possibilidade do Alvinegro ter um investidor estrangeiro.

 

Estamos muito mais para investidor estrangeiro do que alguém daqui no Brasil. Temos conversado com pessoas do boarding e vemos que esses estrangeiros têm números que se aproximam do que o Figueirense precisa, mas não temos um nome e nem um orçamento definido do que precisamos. Talvez, um diferencial do valor é o que vai determinar a conquista de um acesso ou de um título. Eu acredito que vamos chegar a um valor em breve“, detalhou Prisco.

 

Integrantes da SAF do Figueirense comemoram — Foto: Patrick Floriani / FFC

Integrantes da SAF do Figueirense comemoram (Foto: Patrick Floriani / Figueirense FC)


O próximo passo, agora, é estreitar os contatos com possíveis investidores, porém, já sabendo qual é o valor de mercado do Figueirense. Esse número é tratado como confidencial. Como metas iniciais, Prisco coloca dois acessos consecutivos para que o time esteja na elite do futebol brasileiro daqui duas temporadas.

 

O Figueirense já tem um valor de mercado preliminar que estão nos nossos dados internos que irão nos permitir concluir os valores, que serão lapidados em conjunto com o CEO e diretoria da empresa para que, paralelamente com o pagamento da recuperação extrajudicial, o Figueirense jogue a Série B, em 2023, e a Série A, em 2024“, completou.

 

A estrutura da SAF do Figueira é composta pelo vice Notron Boppré e pelo diretor-executivo José Carlos Lages. Ainda fazem parte os membros do Conselho de Administração: Vera Lúcia Rodrigues, José Tadeu da Cruz e Antônio Fernando Barreto Miranda. Por fim, o Conselho Fiscal é composto por Nilson José Goedert, Claudio José Duarte Filho, João Gonçalves Filho e Rái Borges Martins.

 

Fonte: Carlos Rauen e Guto Marchiori / Globo Esporte SC
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