Recuperado, Rodrigo Dourado terá rotina especial no Inter e segue sem prazo para volta

Durante as manifestações do presidente Marcelo Medeiros, do vice de futebol Alessandro Barcellos, do executivo Rodrigo Caetano e do treinador Eduardo Coudet, permaneceu ao lado de Martín Sarrafiore e José Aldo.

Quando a maior parte dos colegas foi a campo para o primeiro treino no Centro de Treinamentos do Parque Gigante, permaneceu com Danilo Fernandes, Marcelo Lomba, Daniel, Keiller, Paolo Guerrero e William Pottker na academia.

Dourado começa os trabalhos de preparação para o ano com carga e intensidade reduzidas nas atividades. O jogador fará os exercícios para aprimorar a condição física com toda a cautela possível para evitar queimar etapas na recuperação, como ocorreu durante a intertemporada de 2019.

O clube trata o retorno do volante com muito cuidado e só irá utilizá-lo quando estiver 100%. Assim, a volta aos gramados fica distante no horizonte. Sua presença na estreia na Libertadores, em 4 de fevereiro, está praticamente descartada.

Relembre o caso

Após passar pela segunda artroscopia no joelho esquerdo, Dourado ficou 45 dias sem apoiar o pé no chão. O cuidado foi adotado para evitar que o jogador acumulasse líquido no local. Depois deste período, ele iniciou a fisioterapia. Os trabalhos seguiram durante as férias.

A partir de agora, a recuperação do atleta será acompanhada diariamente. O departamento médico relatórios diários sobre a evolução do problema. Uma entrevista para esclarecer o caso é estudada pelo clube.

Dourado sentiu um problema no local pela primeira vez em 9 de abril, quando sofreu uma entorse na vitória por 3 a 2 sobre o Palestino, pela Libertadores. A dor virou sinônimo de sacrifício até o volante ser submetido a uma primeira artroscopia na cartilagem, ainda antes da parada da Copa América.

O volante abriu a intertemporada plenamente integrado ao elenco colorado, com cargas pesadas de trabalhos físicos. Em Atibaia, cumpria a rotina de treinamentos, mesmo com dores no local, à época atribuídas à intensidade dos exercícios e ao período de parada. Suspeita-se, porém, que foi justamente a carga excessiva neste período que acarretou no edema ósseo.

O capitão colorado foi diagnosticado com o problema depois de sua última partida pelo Inter, a derrota por 1 a 0 para o Palmeiras, em São Paulo, em 10 de julho. De lá para cá, os procedimentos de fisioterapia e tratamento convencional e intensivo consumiram sua rotina.

Todo esse período de incerteza sobre os motivos das dores causou certo desconforto com Dourado e seu entorno. O atleta, porém, só manifestava a frustração de não poder estar em campo nos momentos decisivos da temporada.

Sem atuar há mais de quatro meses, participou de apenas 17 jogos no ano. Foi o menor número do volante pelo clube desde 2014.

Renovação em segundo plano

Além do retorno, o Inter já conduz conversas para renovar o contrato com o volante desde o ano passado. Há otimismo das duas partes para a ampliação do vínculo vigente, até o final de 2020.

Mas as tratativas estão relegadas a segundo plano neste momento. A diretoria colorada mantém contato frequente com o jogador e seus representantes. Mas nada avançará até que Rodrigo Dourado consolide seu retorno aos gramados.

O Colorado trata o assunto com zelo, mas também com certa pressa devido ao interesse de outros clubes pelo volante. Neste ano, o CSKA, da Rússia, fez uma oferta pelo atleta, negada pela diretoria colorada. Mais recentemente, o Flamengo aproximou-se com uma sondagem ao estafe de Dourado.