A saída de Marcelo Grohe para o Al-Ittihad, da Arábia Saudita, não pegou o técnico Renato Gaúcho de surpresa. Aliás, ele já sabia da possível negociação há cerca de 10 dias, conforme revelou em entrevista na noite desta quinta-feira, antes do Jogo das Estrelas, no Maracanã. O treinador ainda contou que a transferência foi um pedido particular do goleiro.
Para o técnico gremista, é normal o interesse de clubes do país e do exterior em jogadores com evidência no mercado. A proposta de contrato feita pelos árabes a Grohe deve garantir ao goleiro uma “independência financeira” devido às cifras envolvidas. Aos 31 anos, dificilmente receberia algo próximo do salário no Oriente Médio.
– O Marcelo saiu, já sabia disso há alguns dias. Mas ele saiu porque quis, achou que foi um grande negócio para ele. E não vamos segurar ninguém contra a vontade. Fez muito pelo Grêmio, teve nosso aval, até porque é uma grande chance de ganhar um dinheiro a mais nos próximos dois, três anos – disse Renato no Maracanã.
Marcelo Grohe deixa o Grêmio com mais de 400 jogos — Foto: Lucas Uebel/Grêmio/Divulgação
Sem Marcelo, nem Léo, que está no Rio Ave, de Portugal, nem Bruno Grassi, que foi para o Criciúma, resta a Paulo Victor a missão de defender a meta gremista em 2019. A direção já demonstrou interesse em Éverson, do Ceará, mas as conversas entre os clubes prosseguem. Renato demonstrou confiança em quem ficou.
– O Paulo Victor é jogador do Grêmio. É lógico que a princípio é o titular. Eles já vinham se revezando – resumiu.
Além de Paulo Victor, o Grêmio tem Vinícius, Brenno e Phelipe Megiolaro entre os jovens que podem substituir Grohe. Eles terão a chance de mostrar serviço no começo do Gauchão, quando será utilizado o time de transição. Apenas Phelipe estará com a seleção brasileira durante o Sul-Americano sub-20, que começa no fim de janeiro.