Rui Car
06/05/2017 09h30 - Atualizado em 06/05/2017 08h57

Repórter indaga preço de Jesus a Pep: “Como conseguiram tão barato?”

Jornalista compara com Mbappé

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Globo Esporte

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Gabriel Jesus voltou a ser um dos principais assuntos no Manchester City. Praticamente metade da entrevista coletiva concedida pelo técnico Pep Guardiola nesta sexta-feira serviu para falar sobre o brasileiro, que retornou depois de mais de dois meses recuperando-se de uma lesão e marcou o gol que garantiu o empate do Manchester City com o Middlesbrough na última rodada. Desde que chegou ao clube inglês, o atacante balançou as redes quatro vezes, além, é claro, dos dois gols anulados. Um dos jornalistas chegou a indagar: “Como conseguiram comprá-lo tão barato?”.

 

O City pagou ao Palmeiras € 32,75 milhões (cerca de R$ 118 milhões na cotação da época) para adquirir Gabriel Jesus. O repórter fundamentou sua pergunta fazendo uma comparação com Kylian Mbappé, atacante de 18 anos do Monaco, avaliado em mais de € 100 milhoes.

 

 

– Eu não sei (qual seria o preço dele agora), mas eu acho que seria caro. Não sei exatamente, não sou diretor-esportivo, não sei como funciona. Mas sei que hoje os preços estão malucos em todo o mundo. Seria muito caro. Ele será o futuro atacante desse clube nos próximos anos – respondeu Guardiola.

 

O técnico do Manchester City voltou destacar o “impacto” causado por Gabriel Jesus em campo e revelou que, na verdade, não se surpreendeu com isso. Segundo ele, isso é o que se espera dos “bons jogadores”.

 

– Eu esperava (esse impacto), especialmente dos bons. Os bons causam um bom impacto. Como o Messi no Barcelona, por exemplo. Os jogadores de alto nível são assim. Às vezes alguns precisam de mais tempo, e você precisa dar esse tempo. De vez em quando, eles vêm para a Premier League e têm um primeiro ano difícil. Mas, depois disso, explodem. Mas outros, quando são fortes mentalmente, positivos, têm habilidade, eles chegam e “UAU”. É isso. Claro que quando se compra um jogador, você nunca sabe como será o impacto, como vai se adaptar ao jeito que jogamos, como será com os companheiros. Existem muitas variáveis. Por que um jogador é incrível em um time e, quando vai para outro, “o que aconteceu? Não é o mesmo”? Mas é o mesmo jogador, o mesmo pai, a mesma mãe, a mesma namorada. A mesma namorada eu não sei, às vezes mudam (risos). Mas esse é o segredo. Quando decidimos comprar o Gabriel, ele tinha muitas “namoradas”, muitos times atrás dele, entende? E ele decidiu vir para cá. Eu fiquei tão feliz, sou tão agradecido. Nós acreditamos que, às vezes, o clube tem que ver o jogador te escolher, querer vir. Não é só sobre quanto custa, mas é também “eu quero ir, quero me juntar a esse clube”. E o Gabriel fez isso. Talvez ele esperasse mais um ano, um ano e meio no Brasil, mas ele decidiu vir conosco. E quando isso acontece, só o que podemos fazer é ajudá-lo. Eu amo isso, é por isso que quero ajudá-lo – finalizou ele.

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