Globo Esporte
Neymar retomou o alto nível de seu futebol. Essa foi uma das principais declarações do técnico Tite na entrevista coletiva antes da partida desta segunda-feira contra o México, em Samara, pelas oitavas de final da Copa do Mundo. Ao lado do treinador, o preparador físico Fábio Mahseredjian foi além: segundo ele, o camisa 10 apresentou evolução nos três jogos da fase de grupos. O GloboEsporte.com checou os dados e afirma: a informação procede.
A Fifa disponibiliza aos jornalistas as estatísticas oficiais de cada partida. Analisando os dados de Neymar, é possível comprovar que o atacante apresentou evolução jogo a jogo em quesitos – principalmente físicos – como distância percorrida, passes (dados e recebidos, o que mostra sua participação no jogo), finalizações, velocidade máxima e arrancadas.
”Ele sabe, e nós sabemos o preço que pagou para retomar esse nível. Por isso digo: Neymar retomou seu nível máximo”.
– Jogou muito (contra a Sérvia), da forma como vinha se apresentando antes da lesão. É muito difícil, tem o peso, a expectativa… Ele cumpriu função tática, voltou para ajudar na marcação, na transição, finalização, finta, lance individual. Sim, agora ele retomou o alto nível – avisou Tite.
Neymar fraturou o quinto metatarso do pé direito no fim de fevereiro pelo Paris Saint-Germain. Operou no dia 3 de março e voltou a jogar exatamente três meses depois, no amistoso contra a Croácia, em Liverpool. Entrou no segundo tempo e marcou um golaço na vitória por 2 a 0. Uma semana depois, mais um gol em seu retorno ao time titular contra a Áustria, em Viena.
Na Rússia, Neymar começou a Copa discreto e foi crescendo jogo a jogo. Ficou os 90 minutos em campo diante de Suíça, Costa Rica e Sérvia. Na segunda partida, marcou no último minuto da vitória por 2 a 0. Na terceira rodada, deu a assistência para Thiago Silva fechar o placar. Entre esses dois jogos, outro triunfo: o fim das dores que o incomodavam no pé direito. Partida a partida, o atacante foi aumentando também o seu número de finalizações: 4, 6 e 7, respectivamente.
– Monitoramos todos os treinamentos, acelerações, desacelerações, velocidade máxima, distância percorrida. E nos jogos também. Tenho todos esses dados, e é possível ver a evolução. Mesmo no início, ele já tinha uma média por vezes superior às dos companheiros. Agora ele está perto ou quase na plenitude de sua forma.
”Onde ele ainda pode chegar nós não sabemos, é um atleta de excelência. Mas essa evolução nos deixa muito felizes. Dissemos que ele precisaria de cinco a seis jogos para crescer. Esperamos que continue assim”, disse Mahseredjian.
Os cinco primeiros jogos desde o retorno já se foram. O que Neymar fará no sexto? A ver nesta segunda-feira, às 11h (de Brasília), contra o México, em Samara.
