Rui Car
11/04/2017 10h20 - Atualizado em 11/04/2017 08h13

Sem mimimi e cheio de graça: ‘Lionel Rossi’ brilha na Chape e na rede social

Jogador se destaca também pela personalidade forte nos gramados

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“Não deixem o futebol morrer, gente”. Muito provavelmente o mais sincero jogador do futebol brasileiro, Felipe Melo pregou maior espontaneidade em entrevista após a vitória do Palmeiras sobre o Santos. Em Chapecó, podemos dizer que o Pit Bull tem um representante: Rossi. Ou “Lionel Rossi”, como brincam os mais próximos. Da vibração a cada jogada com bola rolando, passando pelas comemorações criativas e bom humor nas redes sociais, o atacante da Chapecoense diz que não curte o politicamente correto e abusa da espontaneidade dentro e fora de campo.

 

Artilheiro da temporada ao lado de Wellington Paulista, com cinco gols, Rossi soma ainda seis assistências e é um dos principais destaques da Chape que vem de sete vitórias consecutivas. Performance tão boa quanto a que exibe no Twitter, onde não tem papas na língua. Brincadeiras com o perfil oficial do clube, deboche com os companheiros, a #vaitoma e opiniões até sobre política marcam um jogador que não se preocupa muito com a opinião alheia.  

 

Não gosto do politicamente correto. Isso nunca me deu problema. Sou autêntico e procuro ver o que postar para não dar confusão

Rossi, atacante da Chapecoense
 

– Sempre tive personalidade forte mesmo. Gosto de interagir. Essas piadas vêm de um grupo de amigos da minha cidade (Prainha-PA). Não gosto do politicamente correto. Isso nunca me deu problema. Sou autêntico e procuro ver o que postar para não dar confusão.  

 

As brincadeiras tiveram início assim que Rossi chegou a Chapecó, quando seguiu o perfil oficial do clube e deu o recado: “Meu coração não é tapete para você pisar, me siga de volta”. O tuite viralizou e rendeu comentários divertidos dos torcedores. O perfil @rossiatacante, entretanto, conta “apenas” com pouco mais de 4 mil seguidores.  

 

montagem-1-chape--rossi (Foto: editoria de arte)

 

Fotos engraçadas com provocações a companheiros de elenco também são rotina para o atacante, que na última semana postou a própria foto e tirou onda: “Abre a foto e lambe a tela do seu celular, um galã está passando”. E a intensidade com que usa o Twitter é a mesma apresentada em campo. Rossi é daqueles que não tem bola perdida e vibra até mesmo com um desarme:

 

– Não tenho como fugir disso. Sempre fui assim por onde passei, de me entregar dentro de campo. O torcedor gosta, paga o ingresso, é quer ver o mínimo de posicionamento, dribles, gols… Isso que procuro fazer.  

 

Rossi é ainda o cara das comemorações mais autênticas da Chape. Seja a tradicional flechada do Índio Condá ou batendo continência para policiais ao redor do gramado, ele tentou variar em seus cinco gols marcados no ano. O que não muda é o peteleco na orelha dos companheiros Reinaldo, Arthur Kayke, Wellington Paulista, Nadson e Osman. Aposta e marca registrada:    

 

– É para todo tipo de brincadeira. Altinho, baralho… Fechamos que quem fizer gols dá um peteleco no outro.  

 

Com Rossi em campo cheio de vontade para deixar as orelhas dos companheiros vermelhas, a Chapecoense recebe o Joinville, sábado, às 16h (de Brasília), pela oitava rodada do returno do Catarinense. Uma vitória garante o título para decidir o Estadual com o Avaí.

 

Rossi continência  (Foto: Fernando Remor/Mafalda Press/Estadão Conteúdo)
Rossi bate continência após gol contra o Figueirense (Foto: Fernando Remor/Mafalda Press/Estadão Conteúdo)
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