Rui Car
29/06/2017 10h20 - Atualizado em 29/06/2017 08h37

Sem salários de Montillo e Canales, Bota ganha folga na folha para contratações

Rescisão amigável do argentino e última prestação do distrato com chileno abrem brecha de quase R$ 1 milhão

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Montillo pediu o boné e deixou o clima de tristeza no Botafogo por toda a expectativa criada em cima da maior contratação para a temporada. Mas o clube não tem tempo para lamentar, e a saída de seu principal jogador praticamente obriga a diretoria, que vinha se blindando quanto a reforços, a contratar. O olhar otimista da situação vê que foi aberta uma brecha no tão apertado orçamento mensal de R$ 3,5 milhões, aliado ao prazo de mais um mês para inscrição na Libertadores, tendo agora espaço na folha salarial para investir em novos nomes.

 

 

Até então dono do maior ordenado do elenco, Montillo recebia na casa dos R$ 400 mil, o que já representa um número considerado na folha. Mas a folga no orçamento não ficará restrita à antiga remuneração do argentino. Neste mês de julho que se inicia no sábado, o Alvinegro fará o pagamento da última prestação de R$ 280 mil de Canales, no acordo feito na época da rescisão do chileno. Anunciado nesta semana pelo Unión Española, do Chile, o centroavante deixou o Botafogo em março e abriu mão dos direitos trabalhistas e de metade do que o clube lhe devia.

 

Hoje no Unión Española, Canales receberá seu último salário do Botafogo (Foto: Divulgação / Unión Española)Hoje no Unión Española, Canales receberá seu último salário do Botafogo (Foto: Divulgação / Unión Española)

Hoje no Unión Española, Canales receberá seu último salário do Botafogo (Foto: Divulgação / Unión Española)

 

Somado a isso há o economizado com as saídas de Joel, Sassá, transferido para o Cruzeiro, e Octávio, que rescindiu contrato, totalizando mais de R$ 800 mil em alívio na folha. A dúvida é se o clube investe a maior parte do valor em um nome de peso para ocupar o posto de referência deixado por Montillo, ou então aplica o montante em jogadores considerados apostas e que vingaram, como Carli, Victor Luis e João Paulo, por exemplo. A diretoria tem na mira um jovem atacante argentino tratado como joia no país, em uma negociação sigilosa.

 

Na saga que atravessa atrás de reforços para o setor ofensivo, o Botafogo já tentou vários nomes sem sucesso: Ábila, com o clube assumindo a dívida do Cruzeiro com o Huracán, da Argentina, mas a Raposa não aceitou; Cháves, só que o São Paulo não liberou; Cifuentes, do Universidad Católica do Equador, oferecido por U$ 2 milhões (cerca de R$ 6,5 milhões) e descartado; Brenner, vetado pelo Internacional após a lesão do titular Pottker; e Aylon, do Goiás, que acabou sendo comunicado da desistência por causa da repercussão negativa da torcida.

 

 

“Vaquinha” virtual para ajudar a contratar atacantes arrecadou R$ 1.810,00 (Foto: Reprodução)

 

O último nome ventilado foi Maranhão, fora dos planos do Fluminense e cortado da lista de inscritos na Copa Sul-Americana. O meia-atacante chegou a acertar as bases salariais com o Botafogo e a ligar para amigos em General Severiano para saber do ambiente. Seu empresário, Osvaldino Ruas, estava aguardando apenas um acerto entre os clubes, porém, isso não ocorreu. Segundo a “Rádio Tupi”, um dos motivos foi que o Tricolor queria envolver na negociação jogos gratuitos no Nilton Santos, mas além disso o nome encontrava resistência interna.

 

A expectativa para contratação de atacantes virou angústia para a torcida, e um alvinegro chamado Fábio chegou a criar uma “vaquinha” virtual para ajudar o clube a reforçar o setor mais carente do elenco (ou só chamar a atenção para o problema). A campanha, intitulada “comprar um atacante decente para o Botafogo” no site site www.vakinha.com.br, tem o objetivo de arrecadar R$ 3 milhões e já teve mais de R$ 127 mil emitidos em boletos, mas só R$ 1.810 form coletados até a noite da última quarta-feira, tendo 36 pessoas contribuído financeiramente.

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