Rui Car
31/01/2019 08h58

Taioense Rafael Pereira brilha e leva Chapecoense ao empate com o Tubarão

Com dois gols e participação no terceiro, defensor é o nome do jogo

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Diário Catarinense

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Rafael Pereira é catarinense, tem 34 anos e 1,83m. A origem, a experiência e a estatura foram determinantes para fazer com que a Chapecoense não tivesse um resultado indigesto nesta quarta-feira, em Tubarão. O defensor natural de Taió demonstrou polivalência e conhecimento do Estadual no 3 a 3 no Domingos Gonzales. Ele participou dos três gols verdes, duas vezes cabeceando para as redes e no cruzamento perfeito para Wellington Paulista fazer o segundo da equipe. E ainda mantém a Chape invicta e o Peixe sem vitória no Campeonato Catarinense 2019.

 

A Chapecoense volta para casa e a busca pela liderança na abertura da sexta rodada. Às 17h de sábado, a equipe recebe o Hercílio Luz na Arena Condá. No dia seguinte, às 19h, o Tubarão tenta sair da lanterna em duelo ante o Brusque, no Augusto Bauer.

 

O jogo

Era a necessidade de vencer que o Tubarão parecer equipe de Série A do Campeonato Brasileiro, e não a Chapecoense. Sem vencer no Catarinense 2019, os donos da casa tomaram conta do campo ofensivo e passaram a pressionar desde o começo da partida. Mas a Chape disputa a elite nacional e uma falha pode ser fatal. Como quase foi aos 16, em que a zaga tricolor se complicou para afastar a bola e o erro só não foi punido porque o arremate de Lourency foi fraco. Belliato catou com firmeza. E foi tudo o que o Verdão conseguiu na primeira etapa. O Peixe precisava apenas de uma bola na direção do gol. A primeira que foi, passou.

 

O Tubarão fazia a redonda circular no entorno da área, aos 31, e ela apareceu limpa e livre para o lateral-direito Oliveira encher o pé, de fora da área. Um foguete que passou por todo mundo. João Ricardo foi nela, mas o toque não foi o bastante para evitar que atravessasse a linha e fizesse a torcida do Peixe festejar. Ato repetido pelo torcedor tubaronense cinco minutos depois. Edno foi acionado e, rapidamente, deu a casquinha que quebrou a marcação e deixou Batista sozinho com o goleiro. Ele puxou de lado, João Ricardo ficou pelo caminho e apenas cutucou para fazer 2 a 0 parcial do primeiro tempo.

 

Só mexeu pouco depois do início da etapa complementar, com a bola parada. Rafael Pereira descontou o marcador, de cabeça e sozinho pelo alto da área tubaronense. Não era o bastante para fazer a Chapecoense render mais. Só ocorreu mais tarde, com as entradas de Renato e Yann nas vagas de Orzusa e Diego Torres, respectivamente. Os novos articuladores fizeram a Chape ter alguns instantes de domínio. Nada demais. Quem se impunha na partida era o Tubarão e, assim, chegou ao terceiro gol, aos 25. O escanteio colocado na área resvalou pelo caminho e apareceu limpa para Daniel Pereira dominar do jeito que deu e mandar a lajota que estufou as redes.

 

Cedo demais, o Peixe quis levar o jogo para o final. Mas havia tempo e a Chapecoense tinha o jogo aéreo ao seu dispor. Aos 32, Rafael Pereira mandou cruzamento cheio de efeito que deixou Wellington Paulista de frente para testar para redes, reduzir o estrago. E tinha mais do jogador nascido em Santa Catarina. Ele estava onde era necessário para ser o homem do jogo. Atrás de toda a defesa, esperou o cruzamento no segundo pau para novamente usar a cabeça e decretar o 3 a 3.

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