Eduardo Baptista nunca foi a primeira opção da diretoria do Palmeiras para substituir Cuca. Ele era o plano B, se o A falhasse, como falhou.
O preferido sempre foi Mano Menezes.
Quando Cuca foi contratado, em março de 2016, ele avisou ao Palmeiras que só ficaria até o fim do ano, para cumprir depois promessa à família por um ano sabático.
A direção palmeirense, na época, imaginou que um título brasileiro, e a perspectiva de disputar uma Libertadores, o fariam mudar de ideia.
Essa impressão, porém, foi diminuindo com a consolidação do time na liderença da Série A. O título estava perto, e Cuca realmente não mudaria seus planos.
Lá em março, quando Cuca acertou, a direção palmeirense já ouvia que Mano Menezes poderia deixar a China em breve. Era um nome que agradava, e que seria alvo se Cuca refugasse.
Cuca disse sim, e Mano só deixou o Shandong Luneng em junho. Ficou pouco mais de um mês desempregado, até acertar com o Cruzeiro.
Em julho, o Palmeiras ainda imaginava que Cuca poderia ficar para 2017, mas seu jeito peculiar de trabalhar, que não agradava a todos dentro do clube, fazia tambêm com que nomes fossem cogitados para 2017, e Mano era o preferido.
Experiente, consegue montar bons times e tem jeito ”boleiro”, o que agrada atletas. A esperança era que ele tirasse um sabático após a saída da China, mas logo acertou com o Cruzeiro. Mesmo assim foi consultado informalmente antes do fim do ano, e avisou que cumpriria o contrato em BH.
Nesse meio tempo, o Corinthians cresceu o olho para Eduardo Baptista, que fazia bom trabalho na Ponte Preta.
Ele era o plano B palmeirense, e foi preciso deixar engatilhado o acerto com ele rapidamente para evitar o assédio do rival.
Dentro do Palmeiras, há consenso se que Baptista precisa começar bem seu trabalho, para não ser pressionado por não ser uma unanimidade. E essa pressão já está começando a aparecer e o ”fantasma” de Cuca também.