Litoral ou interior? Hospedado num hotel à beira-mar em Fortaleza, palco da partida do Corinthians contra o Ceará nesta noite, às 20h (de Brasília), pela 23ª rodada do Brasileirão, o goleiro Walter nem pensa duas vezes para responder:
– Interior… Ah, cara, vivo lá. Gosto da tranquilidade, tem menos violência, sou muito mais a terra roxa. Nas férias eu até saio para outros lugares, mas prefiro ficar na minha cidade. Minha mulher até briga comigo – relata o goleiro de 30 anos, nascido em Jaú, no interior de São Paulo.
Substituto de Cássio, que vem viajou para o Ceará por conta das dores no quadril que persistem em incomodar, o goleiro reserva fará os seu 11º jogo de Brasileirão neste ano, o segundo seguido como titular – Cássio fez 13 no torneio, perdendo muitos no período em que esteve com a Seleção.
Uma mudança que tem sido natural e não tem deixado o torcedor do Corinthians preocupado, já que o nível de atuação dos dois goleiros costuma ser bem parecido.
– Falei até saindo do último jogo (empate por 1 a 1 contra o Atlético-MG), que a comparação que é feita entre eu e o Cássio para mim é motivo de felicidade. Por tudo o que ele ganhou e conquistou, vendo o que ele faz dentro e fora de campo, essa igualdade que colocam é motivo de felicidade.
Em levantamento do GloboEsporte.com, Walter aparece como o quinto goleiro de maior média de defesas difíceis: foram 20 em dez jogos, média de dois por jogo. Cássio, em 13 jogos, fez 21 (1,61 por jogo). Com muitas mudanças no time, Walter entende a maior vulnerabilidade da defesa.
– Saíram “n” jogadores, quase um time todo, mas faz parte. Em 2016 também foi assim, um ano complicado com saída e chegada de jogadores, e o time tem que se unir cada vez mais. Nossas últimas partidas foram excelentes, claro que a saída da Libertadores (vitória por 2 a 1 contra o Colo-Colo) não foi boa pelo primeiro jogo (derrota por 1 a 0), mas estamos voltando a ser o Corinthians que éramos antes, com bastante marcação e pegada. Temos que conseguir uma boa sequência de resultados.