Rui Car
05/09/2018 10h20 - Atualizado em 05/09/2018 08h26

Trump, sobre campanha com Colin Kaepernick: “Mensagem terrível”

Quarterback, sem emprego desde 2016, é estrela de ação de 30 anos de gigante esportiva

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Estrela da campanha de 30 anos da gigante Nike, o quarterback Colin Kaepernick é mais uma vez o centro das atenções nos Estados Unidos. Sem time desde 2016, quando se entregou de corpo e alma a luta contra a violência policial contra os negros, o jogador está na justiça contra a NFL por se dizer perseguido após seu posicionamento político e nesta terça-feira viu a ação publicitária da qual é estrela ser criticada pelo presidente americano Donald Trump. Em entrevista ao The Daily Caller, Trump comentou sobre a opção da empresa, aplaudida por muitos e também alvo de críticas de uma parcela da sociedade local.

 

– É uma mensagem terrível que eles estão enviando e não há razão para fazerem isso. Mas acho que, no que diz respeito ao envio de uma mensagem, acho que é uma mensagem terrível e uma mensagem que não deveria ser enviada. Não há razão para isso – repetiu Trump.

 

Na época, Colin passou a se ajoelhar durante o hino americano, numa atitude que foi vista como falta de respeito pelo presidente Donald Trump. A ação de Kaepernick ganhou espaço entre outros jogadores e mexeu com os Estados Unidos, já que muitos também criticaram. Em determinado momento, a NFL, pressionada, passou a proibir que os jogadores se ajoelhassem, mas muitos não respeitaram.

 
 

Símbolo do movimento, Kaepernick está sem clube desde então. Seu último vínculo foi com o San Francisco 49ers. Ele diz que vem sendo boicotado pelas franquias da NFL por conta da sua decisão de lutar até o fim pelo que acredita. A campanha da marca esportiva, celebrando seus 30 anos, diz exatamente isso: “Acredite em algo. Mesmo que isso signifique sacrificar tudo”. Ele tem contrato com a empresa desde 2011 e renovou seu vínculo. As ações da companhia caíram 2% desde a estreia da peça.

 

Em comunicado nesta terça-feira, a NFL se posicionou sobre a situação. Enquanto parte dos americanos aprovaram a campanha, outros chegaram a queimar itens da marca esportiva.

 

– A Liga Nacional de Futebol Americano acredita no diálogo, na compreensão e na união. Nós abraçamos o papel e a responsabilidade de todos os envolvidos com este jogo para promover uma mudança significativa e positiva em nossas comunidades. As questões de justiça social que Colin e outros atletas profissionais têm levantado merecem nossa atenção e ação – disse Jocelyn Moore, vice-presidente executivo de comunicações e relações públicas da NFL.

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