Valdívia diz que fase não está “poko boa” e que “Robinho tem muito mais qualidade”

– Eu tenho fazer a linha de quatro, tenho que marcar também e atacar. Tem aquele rodízio do povo que está no banco. O professor fala para dar o máximo de si, para ajudar a equipe. Então, eu marcando um pouquinho mais, com o Robinho na frente, é muito melhor. O Robinho tem muito mais qualidade. Mas eu cheguei bem na frente, tive várias chances de fazer o gol, mas a fase não está “poko boa”. Faz parte, uma hora eu vou voltar a fazer gol, ficar mais tranquilo. Vamos deixar o Robinho fazer gol por enquanto, e eu fico ali na marcação, saindo no contra-ataque – disse o jogador, em entrevista ao “Seleção SporTV”.

O único gol de Valdívia no Brasileiro deste ano veio na derrota por 2 a 1 para o Fluminense, no Maracanã, no dia 21 de agosto. Apesar de estar quase dois meses sem balançar as redes, o jogador teve participação decisiva na vitória do Atlético-MG sobre o São Paulo. Foi ele quem sofreu o pênalti, convertido por Fábio Santos.

– Eu sabia que o Marcos Rocha tem um bom lateral, então eu procurei a profundidade, deixei a bola pingar e passar. Mas, quando eu passei pelo zagueiro (Bruno Alves), ele puxou minha mão, e eu não consegui mais seguir para fazer o gol. Acho que foi pênalti sim – disse Valdívia.

O meia destacou a boa atuação do Atlético-MG no ataque e ainda brincou com um suposto erro de arbitragem. Aos 35 do primeiro tempo, houve confusão na área, e a bola foi no rosto de Rodrigo Caio. Os jogadores do Galo acreditam que a bola ultrapassou a linha e entrou no gol, antes de o goleiro Sidão fazer a defesa. Para Valdívia, seu cabelo pode ter impedido o assistente de ver o gol.

– Foi o jogo mais ofensivo que a nossa equipe fez. No primeiro tempo todo, a gente ficou em cima do São Paulo, não deixando jogar, pressionando. Assim que tem que ser dentro de casa, tem que ir para cima, sempre em busca do gol. Teve um gol no começo, a gente já poderia ter feito 1 a 0 no começo, para dar mais qualidade. O árbitro não viu a bola. Foi meu cabelo que ficou na frente dele! Eu até cortei o cabelo! Ele não viu!

O meia do Atlético-MG também elogiou o técnico Rogério Micale, que deixou o clube no dia 24 de setembro. Valdívia afirmou que aprendeu muito com o treinador, apesar de o Galo não ter conseguido bons resultados.

– A gente tentava, mas o coletivo, a equipe não vinha muito bem. Isso não foi culpa do Micale. Nós jogadores não nos encaixamos muito bem. O principal é dentro de casa, não podemos perder. Dentro de casa, você tem que vencer, porque conseguir pontos dentro de casa é importante, dá moral. Mas o trabalho do Micale foi excelente, eu aprendi muito com ele, na questão de marcação e de sair no contra-ataque. Infelizmente, não deu certo com ele.

Na próxima rodada, o Atlético-MG enfrenta o Sport, na Ilha do Retiro, para tentar chegar à terceira vitória seguida no Brasileirão.