Rui Car
12/07/2017 09h30 - Atualizado em 12/07/2017 08h25

Veja por que Deyverson chamou a atenção de Cuca e escolheu jogar no Palmeiras

"Rápido, guerreiro e definidor", atacante de 26 anos estava no Aláves

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Antes de ser anunciado pelo Palmeiras na noite da última terça-feira, Deyverson, que estava emprestado ao espanhol Aláves, não teve seu nome especulado em nenhum momento. Mas a negociação não foi rápida, nem de uma hora para outra. Começou há cerca de 45 dias, depois de um pedido de Cuca à diretoria, e foi mantida em sigilo até o aval final do Levante, que detinha seus direitos econômicos.

 

Em busca de um reforço (brasileiro, para facilitar a adaptação) que tivesse força física para brigar com os zagueiros, mas também mobilidade para jogar fora da área, o treinador viu no atacante de 26 anos três adjetivos que atendiam ao seu pedido: rápido, guerreiro e definidor. Viu também o jogador fazer gols contra os grandes da Espanha e ser elogiado.

 

– Deyverson é um dos atacantes complicados do futebol espanhol por seu nível técnico e também pelo físico. É muito bom no jogo aéreo, um lutador nato, continua as jogadas que cria para seu time na segunda bola. Chega muito bem na conclusão, é muito rápido na transição. É um jogador completo – disse o ex-técnico do Barcelona, Luis Enrique, em maio, antes de bater o Aláves na final da Copa do Rei.

 

O brasileiro se tornou alvo palmeirense pouco depois de ter sido vice-campeão do torneio. A negociação se arrastou porque, a princípio, o Levante não queria negociá-lo, segundo conta o empresário do jogador. O desejo de Deyverson de vestir a camisa alviverde pesou.

 

– Foi difícil fechar com o clube, que não foi tão receptivo. Mas aí o Palmeiras veio com tudo, a gente sentou para conversar. Foi importante o Deyverson dizer que queria ir, porque havia várias coisas na mesa, tanto da Espanha quanto para fora. Mas a vontade dele prevaleceu – diz o português Filipe Dias, com quem o atacante deverá chegar ao Brasil na quinta-feira para realizar exames médicos e assinar por cinco anos.

 

– Nem estávamos interessados em fazer troca de clube. Ele se sentia bem, apostávamos em uma segunda temporada (no Aláves). Apareceu muita coisa de fora, do Brasil também, mas recusamos tudo. Só sentamos com o Palmeiras porque o projeto nos deu confiança. Achamos que ir para o Palmeiras é um passo em frente, não simplesmente um regresso ao Brasil. É um passo em frente – argumenta o agente.

 

 

A preferência de Cuca sempre foi por um atacante brasileiro e que pudesse disputar a Libertadores. Sem sucesso com Richarlison e Diego Souza, Deyverson é quem ficará com uma das duas vagas restantes na lista de inscritos para a partida de volta das oitavas de final do torneio, contra o Barcelona de Guayaquil, na arena, em 9 de agosto.

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