Rui Car
08/03/2017 08h28

Vento a favor: inteligência da Chapecoense é celebrada em vitória convincente

Treinador da Chapecoense elogia a postura de seus comandados

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Globo Esporte

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Desde o início da temporada, Vagner Mancini repetia quase que como um mantra: é preciso que a Chapecoense faça a leitura correta do jogo para apresentar um melhor futebol. Pois bem, ao que parece a equipe guardou esta inteligência tática para o compromisso mais importante do ano. Em atuação praticamente perfeita, a Chape fez 2 a 1 no Zulia, nesta terça-feira, no Estádio Pachencho Romero, em Maracaibo, e largou na frente no Grupo 7 da Libertadores. De quebra, deixou seu treinador orgulhoso pela performance. 

 

 

Fosse para suportar a pressão nos minutos iniciais ou para ditar o ritmo do jogo fazendo valer o vento a favor, a Chapecoense teve um primeiro tempo quase que perfeito na Venezuela. O gol de Reinaldo de falta premiou uma equipe que, mesmo como visitante, soube se impor, administrar a vantagem e confirmar a vitória. Satisfeito, Mancini avaliou a exibição: 

 

– Foi uma ótima leitura no primeiro tempo. Sabíamos que seriam tempos distintos em função do vento. Com ele a favor, saímos na frente, fizemos o gol cedo, botamos a bola no chão e fizemos o nosso jogo, chegando rapidamente na frente. Mesmo na segunda etapa, o time teve consciência defensiva. Mais do que os três pontos, foi importante a forma como conquistamos. 

 

Depois da boa largada na Libertadores, a Chapecoense volta para o Brasil já na manhã de quarta-feira e segue direto para Florianópolis, onde desembarca somente na tarde de quinta, após conexões na Cidade do Panamá e em São Paulo. A próximo compromisso é contra o Inter de Lages, sábado, fora de casa, pela primeira rodada do segundo turno do Estadual. Quinta-feira, dia 16, há duelo com o Lanús, na Arena Condá, pela competição continental. 

 

 

Principais trechos da coletiva

Apoio dos venezuelanos 

– Nada mais é do que um agradecimento ao povo da Venezuela, de Maracaibo, por nos receber tão bem. Normalmente, a Libertadores é um ambiente hostil e não foi o que vimos aqui. Vimos uma solidariedade, uma amizade muito grande das pessoas. Fizeram de tudo para que nos sentíssemos à vontade e vamos fazer de tudo para retribuir em Chapecó. 

 

Volta por cima

– Não tenho dúvidas que o mundo inteiro sabe da dificuldade que a Chapecoense viveu. Era muito importante vencer não só pela chave difícil, mas sabíamos que o povo de Chapecó, a torcida merecia essa vitória. Entramos com afinco com a intenção de retribuir toda ajuda humana que recebemos. É um jogo muito grande para história da Chape.

 

Perigos do Zulia

– O ataque do Zulia é muito poderoso. Arango, apesar da idade, tem muita técnica, leva perigo ao gol adversário Tivemos muita atenção na bola parada. Tenho certeza que é um time que vai impor dificuldades para Lanús e Nacional. 

 

O vento

 – A equipe que começasse a favor do vento levaria vantagem e teria que sair na frente. Foi a Chapecoense. Quando fizemos 2 a 0, já sofríamos uma certa pressão. O Zulia está acostumado a jogar neste estádio e sabe o fator poderoso do vento.

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