O líder da torcida organizada do Hellas Verona, Luca Castellini, foi banido dos jogos do clube da equipe até 2030 após um ato racista contra o atacante Mario Balotelli, do Brescia. Em entrevista à “Rádio Cafè”, o torcedor afirmou que o jogador “nunca será totalmente italiano”, mas negou qualquer insulto racista por parte da torcida do Hellas.
De acordo com a agência Ansa, um comunicado foi divulgado nesta terça-feira pelo Verona afirmando que os comentários de Castellini foram “contrários aos princípios e valores éticos” do clube.
O setor do Estádio Marc’Antonio Bentegodi que partiu os insultos racistas contra Balotelli, o “Poltrone Est”, ficará um jogo com os portões fechados. A punição será cumprida no duelo contra a Fiorentina, no dia 24 de novembro.
O governador da região do Vêneto, Luca Zaia, admitiu que não ouviu os cânticos racistas contra Balotelli, mas disse que os responsáveis de insultos raciais “devem ser punidos”.
Processo contra Balotelli
Um grupo de vereadores da cidade italiana de Verona pediu ao governo local que processe o jogador Mario Balotelli depois que o atacante se queixou de insultos racistas da torcida durante uma partida no estádio Bentegodi, no domingo.
Balotelli, que atuava com o time visitante Brescia, chutou a bola em direção ao público e ameaçou sair de campo no início do segundo tempo, dizendo que ouviu alguns torcedores fazendo imitações de macaco. O árbitro interrompeu a partida durante cinco minutos enquanto anúncios eram feitos ao público.
O jogador de 29 anos, que tem pais ganenses, mas nasceu na Sicília, vem sendo alvo de ofensas raciais ao longo de sua carreira na Itália. Ele recebeu apoio do técnico do Napoli, Carlo Ancelotti, e da rival Roma, entre outras, por sua atitude no domingo.