Rui Car
24/12/2018 16h35 - Atualizado em 24/12/2018 14h15

Virna apoia Tiffany na seleção feminina de vôlei: “Quem somos nós para julgar?”

Ex-jogadora defende critério técnico por convocação de atleta trans

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Em Teresina, onde acompanhou a final do Piauiense de vôlei e participou de uma aula especial com crianças de um projeto social, Virna defendeu que a ida de Tiffany, primeira atleta trans a disputar uma competição oficial do calendário da modalidade no país, deve ser feita por uma decisão do técnico José Roberto Guimarães e, se convocada, a oposta do Sesi-Bauru seria “uma força extraordinária”.

 

 

Virna defende chance de convocação de Tiffany na Seleção — Foto: Josiel MartinsVirna defende chance de convocação de Tiffany na Seleção — Foto: Josiel Martins

Virna defende chance de convocação de Tiffany na Seleção — Foto: Josiel Martins

 

– Gente, quem tem que resolver isso é o Zé Roberto. Quem somos nós para julgá-la? Se ela é uma atleta aprovada para jogar como mulher no cenário feminino, eu não vejo problema dela ser convocada. Agora, quem decide e vai analisar (convocação) é o Zé Roberto – opinou Virna, bronze em Atlanta 1996 e Sidney 2000.

 

 

Tiffany — Foto: Divulgação/Vôlei BauruTiffany — Foto: Divulgação/Vôlei Bauru

Tiffany — Foto: Divulgação/Vôlei Bauru

 

No primeiro semestre do ano, a Federação Internacional de Vôlei (Fivb) encaminhou um documento às federações nacionais informando analisar a situação de atletas transgêneros. A entidade máxima do vôlei mundial anunciou a criação de um grupo de estudo para “definir os critérios de elegibilidade dos atletas nas competições”. Diante do impasse, Tiffany não foi convocada para a Liga das Nações e o Campeonato Mundial.

 

– Não sei como isso é visto internacionalmente, mas vamos ficar na torcida porque vai ser uma força extraordinária – completou Virna.

 

Ex-jogadora da Seleção, Virna é tietada em evento no Piauí — Foto: Josiel MartinsEx-jogadora da Seleção, Virna é tietada em evento no Piauí — Foto: Josiel Martins

Ex-jogadora da Seleção, Virna é tietada em evento no Piauí — Foto: Josiel Martins

 

Virna em Teresina — Foto: Josiel MartinsVirna em Teresina — Foto: Josiel Martins

Virna em Teresina — Foto: Josiel Martins

 

Ainda sobre Seleção, Virna comentou sobre a temporada do Brasil em 2018. O time acabou eliminado na segunda fase do Campeonato Mundial, no Japão, interrompendo uma sequência de pódios (com duas pratas e um bronze) que vinha desde 2006. Apesar do resultado ruim, Virna explicou que é preciso ter uma visão mais ampla da Seleção.

 

 
 

Tandara consola Gabi após eliminação na segunda fase do Mundial — Foto: Divulgação/FIVBTandara consola Gabi após eliminação na segunda fase do Mundial — Foto: Divulgação/FIVB

Tandara consola Gabi após eliminação na segunda fase do Mundial — Foto: Divulgação/FIVB

 

– Acho que foi um ano de transição, mudanças. Jogadoras experientes estavam lesionadas ou em repouso pós-lesão. Tivemos outras caras, e os resultados não são aqueles esperados pelo público. Para quem é ligado no vôlei sabe que é um momento de transição- analisou Virna.

 

E o bicampeão olímpico vai renascer, segundo a ex-atacante.

 

– Brasil é o time a ser batido, é a equipe que todo mundo quer ganhar. Tenho a certeza de um projeto forte para chegar a Tóquio 2020 – concluiu.

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