Rui Car
24/04/2018 12h15 - Atualizado em 24/04/2018 10h35

“Acabou o casamento porque o PSD não foi grato ao PMDB”, diz governador Eduardo Pinho Moreira

Em entrevista ao Café com Martini, governador admitiu que é pré-candidato

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Rafael Martini/OCP News

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Na semana em que completa 60 dias como governador do Estado (somando-se a interinidade e a posse definitiva), Eduardo Pinho Moreira recebeu o Café com Martini para um bate-papo na Casa d’Agronômica. O inquilino da residência oficial mudou-se há menos de uma semana para o novo endereço, mas garante já estar perfeitamente integrado ao ambiente. “Tenho dormido muito bem”, diz Pinho Moreira.

 

Durante a conversa, não fugiu de nenhuma pergunta e colocou na conta do ex-governador Raimundo Colombo o fato de receber um Estado com cofre raspado. “Entre 2011 e 2017 o gasto com servidores públicos aumentou 109%, contra uma inflação de 52%”, disse.

 

Somente em 2018, ressaltou, o governo vai desembolsar R$ 1,9 bilhão para pagamento de dívida. “Com esse dinheiro resolvia todos os problemas na saúde, por exemplo”.

 

Pinho fala em falta de gratidão do PSD para justificar o fim do casamento com o PSD. O clima é de separação no litigioso. “Nós apoiamos o Raimundo (Colombo) uma vez para senador e duas para governador, mas não tivemos contrapartida” e, pela primeira vez, Eduardo Pinho Moreira assume claramente que é pré-candidato à eleição em outubro.

 

“O povo de Santa Catarina sabe que precisa mudar. Em pouco mais de dois meses já temos resultado para mostrar na Saúde e na Segurança. Nosso foco é um governo austero e tomar as medidas duras para que o Estado não se torne ingovernável em 2019. Mas em junho ou julho meu partido decidirá e não posso fugir desta responsabilidade”.

 

Confira abaixo a íntegra do vídeo:

 

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