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O caso da lontrense Ana Paula Campestrini, assassinada em junho deste ano, no Paraná teve mais um desfecho. O laudo feito no celular de Wagner Cardeal Organauskas, acusado de ser o mandante do assassinato, revelou que o advogado pesquisou sobre os 10 mandamentos de Deus, incluindo o “Não matarás”, um dia após o crime.
Além disso, o ex-marido de Ana Paula também pesquisou sobre “sacramento da confissão” e termos ligados à vítima, como “ana paula campestrini prisão”. O documento foi obtido pela Record TV. A perícia foi feita pela Polícia Científica do Paraná.
Do celular também foram obtidas conversas entre Wagner e Marcos Antônio Ramon, apontado como o executor do assassinato. Nas mensagens os dois tratam sobre transações financeiras, compra de imóveis e motocicletas, que segundo a Polícia Civil, foi a forma de Wagner pagar pela morte da ex-mulher.
O dois estão presos desde o dia 24 de junho. Ambos foram denunciados por feminicídio qualificado por motivo torpe, pagamento de recompensa e recurso que dificultou a defesa da vítima. Além dos dois homens, um terceiro foi envolvido e acusado: Felipe Rodrigues Wada, um técnico de informática de 18 anos que teria apagado as mensagens do celular de Marco Antônio. Por conta disso, ele e Marco Antônio se tornaram réus por fraude processual.
Relembre o caso
Na manhã do dia 22 de junho, Ana Paula Campestrini tinha 39 anos e foi executada com 14 tiros em frente ao conjunto habitacional onde morava em Curitiba (PR). Ela foi sepultada em Lontras, onde vive a família.
Em dois dias, a Polícia Civil do Paraná identificou e prendou os dois suspeitos pelo crime: Wagner Cardeal Oganauskas, ex-marido de Ana Paula e quem seria o mandante do crime, e Marcos Antônio Ramos, que seria o executor.
Ana Paula Campestrini e Wagner Oganauskas foram casados por 17 anos e tiveram três filhos, com 16, 11 e 9 anos. Ele se separaram há cerca de três anos e, após o fim do casamento, ela se declarou homossexual. Antes de ser morta, Ana Paula trabalhava como diarista e motorista de carros de aplicativo e vivia com a namorada no condomínio em frente ao qual foi assassinada.
Alguns dias antes do crime, ela havia escrito uma carta para os familiares, onde falou sobre a libertação do relacionamento de 17 anos, que classificou como abusivo.