Rui Car
07/06/2021 10h42 - Atualizado em 07/06/2021 10h43

Agronômica: Os mistérios e as perguntas sem respostas que envolvem o caso Vanisse Venturi

Caso está prestes a completar um ano e ainda é cercado de indagações

Assistência Familiar Alto Vale
Foto: Reprodução / Redes sociais

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O desaparecimento de Vanisse Venturi, moradora de Agronômica, está prestes a completar um ano. Apesar do tempo que passou, o caso ainda é cercado de mistérios e muitas perguntas aguardam por respostas. A mulher de 39 anos teria sido vista pela última vez no dia 23 de julho do ano passado, quando supostamente saiu de casa, localizada próxima à BR-470, levando apenas a roupa do corpo.

 

A Polícia Civil, responsável pela investigação, não dá detalhes sobre o caso, mas diz ter uma certeza: não se tratar de um sumiço e, sim, de assassinato. Então quem tirou a vida da jovem mãe de dois filhos? Por qual motivo? Onde está o corpo? Esses são questionamentos que permeiam a cabeça dos familiares e também dos pouco mais de 5,5 mil habitantes de Agronômica. 

 

O inquérito do caso aponta ao longo de 345 páginas que Vanisse foi morta entre a noite de 22 de julho e a madrugada do dia seguinte. Diz também quem seria o possível autor do crime. Porém, o delegado Tiago Cardoso da Silva não revela o nome do assassino nem mesmo para os parentes, segundo a irmã da vítima, Vanessa Vieira.

 

— Esperamos que as autoridades não esqueçam esse caso e continuem as buscas independente de provas ou não, porque cada dia que passa é uma espera. Ficam as lembranças, a saudade. A gente tenta se apegar às recordações boas — conta.

 

Bombeiros com cães farejadores chegaram a fazer buscas pelo corpo da mulher, mas nunca encontraram vestígios. Quando as investigações foram encerradas, em dia 1º de fevereiro de 2021, o inquérito passou a ser de responsabilidade do Ministério Público e novamente veio o silêncio. 

 

Mais nenhuma manifestação sobre o que aconteceu com Vanisse, que desapareceu justamente no dia do aniversário do filho caçula, que estava completando 12 anos.

 

— O pequeno diz que não vê a hora da mãe aparecer de novo, que sente muita saudade dela — fala Vanessa.

 

Bombeiros usando cães farejadores procuraram por pistas de Vanisse

Bombeiros usando cães farejadores procuraram por pistas de Vanisse (Foto: Corpo de Bombeiros / Divulgação)

Angústia

 

Quem registrou o desaparecimento de Vanisse na polícia foi o marido. Na época, a mãe dela, Eronita Pinheiro Vieira, contou em entrevista que o genro disse ter tomado café da manhã com a esposa e depois ido para a plantação de arroz. Mais tarde teria comprado o bolo de aniversário e quando voltou para casa não encontrou mais a mulher. 

 

À avó, os meninos contaram ter acordado e não ter visto a mãe.

 

Quando o caso veio à público, chegou a se cogitar a possibilidade de um sequestro, mas não se confirmou pela ausência de pedido de resgate. Por outro lado, Vanessa nunca acreditou que a irmã foi embora de casa por vontade própria. Era muito ligada aos filhos e vislumbrava um novo futuro ao cursar faculdade de Psicologia e deixar ser dona de casa em tempo integral. 

 

Sem resposta, o sentimento é de angústia. Ela conta que a mãe publica diariamente fotos da filha em rede social questionando onde está e o que fizeram com ela. Embora o tempo sirva apenas para aumentar a dor, a irmã se diz confiante de que a justiça será feita. 

 

— Eles falam que estão investigando, que o caso é crítico e que precisam ser minuciosos na investigação. Acredito que devem, sim, estar apurando e não estão falando por algum motivo, talvez mesmo por esperar ter provas concretas — acredita.

 

Separação

 

A irmã disse à reportagem que conversou com Vanisse pela última vez na manhã do dia 22 de julho, por telefone. O assunto era o desejo de separação da mulher que sumiria horas depois. 

 

Não há relatos de violência entre o casal, que viveu juntos por cerca de 20 anos, mas Vanisse queria o fim da relação. 

 

Sem saber o paradeiro da mãe, os dois filhos vivem atualmente com o pai na casa de onde Vanisse desapareceu. 

 

Apesar de não cometer o assunto, a polícia pediu o indicamento de uma pessoa pelos crimes de homicídio qualificado e ocultação de cadáver. Entretanto, até hoje o Ministério Público não pediu a prisão de ninguém. No último mês, determinou novas diligências, mas não revela sob a justificativa de não atrapalhar o caso.

 

Enquanto isso a morte o desaparecimento de Vanisse segue sendo um mistério.


POR: TALITA CATIE – JORNAL DE SANTA CATARINA / NSC TOTAL

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