Rui Car
28/10/2020 17h10

Alesc derruba veto sobre reajustes de tarifas na pandemia

Objetivo é restringir o aumento em contas de luz, água, esgoto e gás em períodos de isolamento social e de suspensão de atividades econômicas

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Sessão teve apreciação de vetos e votação de projetos (Foto: Bruno Collaço/Agência AL)

Sessão teve apreciação de vetos e votação de projetos (Foto: Bruno Collaço/Agência AL)

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Nesta terça-feira (27), deputados derrubaram, em sessão na Alesc (Assembleia Legislativa de Santa Catarina), o veto ao Projeto de Lei que proíbe o aumento de tarifas do serviço público como contas de luz, água, esgoto e gás durante períodos de calamidade.

 

O objetivo do projeto, de autoria do deputado Milton Hobus (PSD), é restringir o reajuste em períodos de isolamento social e suspensão de atividades econômicas, caso da pandemia de Covid-19.

 

Na justificativa do veto, o Executivo argumentou que a proposta era inconstitucional por invadir competência privativa da União.

 

A CCJ (Comissão de Constituição e Justiça), no entanto, emitiu parecer pela rejeição do veto.

 

No Plenário, 29 deputados votaram pela rejeição e dois pela manutenção do veto.

 

O resultado será comunicado à governadora interina Daniela Reinehr (sem partido), que poderá sancionar a lei. Caso não o faça, o presidente da Assembleia a promulgará.

 

Outros dois vetos, esses parciais, votados na sessão desta terça foram mantidos pelos deputados.

 

Eles se referem ao Projeto de Lei /345/19, de autoria do deputado Fernando Krelling (MDB), que altera a Lei nº 10.361, de 1997, que “disciplina o funcionamento de clubes, academias e outros estabelecimentos que ministrem aulas ou treinos de ginástica, dança, artes marciais, esportes e demais atividades físico desportivo-recreativas e adota outras providências”, para facultar a contratação de responsável técnico substituto.

 

E ao PL/219/20, de autoria da deputada Paulinha (PDT), que dispõe sobre a transferência de recursos da União para o auxílio financeiro dos Hospitais Filantrópicos e Clínicas de Hemodiálise devidamente contratualizados com o SUS (Sistema Único de Saúde) que forem repassados aos Gestores Estadual e Municipal para enfrentamento e combate à Covid-19.

 

Nos dois casos, a CCJ emitiu parecer pela manutenção dos vetos parciais.

 

Aprovação

 

Ainda nesta terça (27), o Plenário aprovou, em turno único, o PL 138/2020, de Milton Hobus, que suspende as metas relativas a isenções, incentivos e benefícios fiscais ou financeiro-fiscais durante o exercício de 2020, assumidas por empresas para ter direito a tratamento tributário diferenciado.

 

Conforme o autor, em razão dos efeitos econômicos da pandemia da Covid-19, o ICMS devido ao descumprimento das metas não deve ser cobrado dos contribuintes que contam com benefícios fiscais.

 

“Se não tiver a lei, centenas de empresas serão notificadas, o que vai criar um problema para o Estado”, explicou Hobus.

 

“Por causa da crise causada pela pandemia, muitas dessas empresas não conseguiram cumprir essas metas. Não é justo cobrá-las”, completou.

 

A proposta passará pela votação da Redação Final, na próxima quinta-feira (29), antes de ir para análise da governadora interina.

 

FONTE: ND+

 

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