Rui Car
30/01/2020 16h50

Alto Vale já teve seis focos do mosquito Aedes aegypt

Só em janeiro foram localizados quatro pontos de proliferação

Assistência Familiar Alto Vale
Por: Luana Abreu - Jornal Diário do Alto Vale

Por: Luana Abreu - Jornal Diário do Alto Vale

Delta Ativa

A Gerência Regional de Saúde de Rio do Sul confirmou nesta quarta-feira (29) o aumento no número de focos do mosquito da dengue e também uma pessoa detectada com a doença causada pelo mosquito transmissor do vírus. No total, são seis pontos com focos do Aedes aegypt: quatro em Rio do Sul, três deles no Bairro Budag e outro no Centro; um caso em Petrolândia e outro em Salete. Já a doença foi registrada em Trombudo Central onde uma adolescente, que veio do Acre, foi diagnosticada com dengue, o que é conhecido como caso importado.

 

Para prevenir o aparecimento de outros casos, os municípios estão recebendo orientações socioeducativas do órgão. De acordo com Valéria Petris, enfermeira de zoonoses da Gerência de Saúde, Rio do Sul tem ganho atenção especial no assunto.

 

“São quatro focos do mosquito em Rio do Sul, três deles no mesmo local, por isso da nossa preocupação. Precisamos ficar em alerta para que esse número não seja crescente. Corre-se um grande risco de infestação nesse local”, comenta.

 

Segundo Valéria, um dos focos do mosquito no bairro Budag, por exemplo, foi encontrado dentro de uma latinha.

 

“Nós queremos conscientizar a população de que o mosquito consegue se instalar e se reproduzir em qualquer lugar, inclusive em uma latinha. Em qualquer lugar que acumule água, ele vai se proliferar”, pontua.

 

A responsável pela Vigilância Sanitária de Rio o Sul, Nadir Marchi, explica que quando os focos do mosquito são detectados, uma área de 350 metros em volta do ponto recebe uma varredura completa dos agentes de endemias.

 

“Eles vão de casa em casa, de comércio em comércio, tudo com autorização, verificar se existe outros locais que podem ser focos da doença”, explica.

 

Quando estes profissionais encontram algum ponto que pode ser morada para o mosquito, são feitas coletas de água e de larvas que depois são analisadas para confirmar ou não a existência do mosquito. Logo após esse procedimento, um produto biológico é colocado no local para eliminar o criadouro.

 

“Nós também conversamos com a comunidade para ver há algum ponto em casa, como em vasos, caixas de água e até mesmo atrás da geladeira, já que as mais antigas também podem ter larvas”, afirma Nadir.

 

Nadir explicou que no verão, o aparecimento de focos do mosquito transmissor da dengue é mais comum por conta das chuvas frequentes. No ano passado, foram tratados pelo menos 220 pontos que poderiam ter os mosquitos.

 

“Precisamos da ajuda de toda a comunidade para combater esse bichinho que pode trazer grandes complicações para a população”, completa.

 

Além da dengue, o Aedes aegypti pode transmitir outras doenças como a febre de chikungunya e o Zika vírus.

 

 

Dengue em Santa Catarina

Entre 29 de dezembro e 18 de janeiro, foram notificados 127 casos de dengue em Santa Catarina, o que representa redução de 27% em relação ao mesmo período do ano passado quando foram registrados 164 casos.

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