As fortes chuvas e o granizo que atingiram o Alto Vale do Itajaí na tarde desta quarta-feira (07) deixaram um rastro de destruição. A cidade de Aurora foi uma das mais atingidas, já que das 17 comunidades rurais do município, 12 registraram algum tipo de dano. Com isso, a administração municipal avalia a possibilidade de decretar situação de emergência.
A prefeitura ainda trabalha no levantamento dos prejuízos, mas dados prévios obtidos pela Secretaria de Agricultura por imagens de satélites já demonstraram que as perdas foram significativas.
Segundo o engenheiro agrônomo Joabe Pitz, há danos em cerca de 600 hectares de cebola, 220 hectares de tabaco e 150 hectares de milho. Além disso, há relatos de estragos em galpões, estruturas de armazenagem e residências de agricultores. Os principais problemas são a quebra de telhas ou destelhamento total das edificações.
“Esses dados são prévios, o secretário (Almir Serafim) está em campo fazendo o levantamento, então esses números não significam que foi tudo perdido. Em algumas áreas tem 100% de perda, em outras tem 20%, então só vamos ter os dados completos depois de terminar o levantamento”, esclarece.
Segundo Pitz, a região central da cidade também foi atingida. Neste caso, o levantamento está sendo feito pela Defesa Civil, mas os estragos são semelhantes aos da área rural, com vários registros de quebras de telhas e danos em veículos, principalmente a quebra de para-brisas de carros.
Como a previsão do tempo ainda indica nova possibilidade de chuvas para a região nesta quinta-feira (8), o engenheiro solicita que os moradores de Aurora que precisem de lonas para fazer a cobertura das residências entrem em contato com a Defesa Civil pelo telefone (47) 3524-0144 para informar a necessidade do material. Os moradores também precisam ir até a sede da Defesa Civil para retirar a lona, já que a cidade não tem condições de levar o material até todos os moradores que necessitam.
Decreto de emergência
Segundo Pitz, a prefeitura esta avaliando a possibilidade de decretar situação de emergência na cidade, já que antes das chuvas desta quarta (07) o município ainda estava se recuperando de outro evento ocorrida na sexta-feira (02), também com chuvas e ventos fortes e que causou destelhamentos e quedas de estruturas na zona rural.
Porém, como a cidade ainda tem decretos anteriores que estão valendo – cada decreto tem validade de seis meses – a administração está aguardando a análise jurídica da situação, além de manter contato com a Defesa Civil estadual para viabilizar o atendimento à cidade e aos moradores atingidos.
FONTE: ND+