Rui Car
14/08/2019 10h45 - Atualizado em 14/08/2019 10h30

Arma usada em triplo homicídio de família em Alfredo Wagner foi comprada no dia do crime, diz polícia

Casal e o filho de 8 anos foram enterrados na segunda-feira

Assistência Familiar Alto Vale
Casal e filho de 8 anos foram encontrados mortos em Alfredo Wagner na sexta-feira (9) — Foto: Reprodução/Facebook - Texto: G1 SC

Casal e filho de 8 anos foram encontrados mortos em Alfredo Wagner na sexta-feira (9) — Foto: Reprodução/Facebook - Texto: G1 SC

Delta Ativa

A polícia afirmou que a arma usada no triplo homicídio em Alfredo Wagner foi uma barra de ferro comprada minutos antes do crime. Na casa das vítimas os investigadores descobriram uma espécie de livro caixa onde constava a dívida do suspeito com a família.

 

“Nós encontramos o tal caderno preto né, onde continha informações importantes pra comprovar nossa linha de investigação. A dívida em torno de R$ 50 mil naquele dia”, disse o agente da Polícia Civil Vanderlei Kanofle.

 

O casal e o filho deles, de 8 anos, foram encontrados mortos na sexta-feira (9) na localidade de Santa Bárbara. O pai, Carlos Tuneu, de 67 anos, que era argentino, foi achado sem sinais vitais ao lado do próprio carro a um quilômetro da entrada da residência da família. A mãe, Loraci Matthes, de 50 anos, e do filho, Mateo Tuneu, foram encontrados mortos dentro da casa, em uma propriedade rural. A mulher era brasileira e o menino, argentino.

 

Na própria sexta-feira, foi preso o suspeito do triplo homicídio, Arno Cabral Filho, de 44 anos. Ele foi ouvido oficialmente pela Polícia Civil no sábado e ficou calado durante o depoimento, de acordo com os advogados dele.

 

Porém, a Polícia Civil informou na sexta que, ao ser levado para a delegacia, o suspeito afirmou informalmente que matou a família. Até esta segunda (12), o homem estava no Presídio Regional de Lages.

 

Investigação

O policiais voltaram ao sítio na tarde de segunda-feira (12) e, depois de uma hora, encontraram documentos relacionados à dívida do suspeito com a família. A polícia diz que Arno Cabral Filho tinha comprado gado de Carlos Tuneu e estaria sendo cobrado.

 

O suspeito chegou a registrar um boletim de ocorrência contra Carlos. Na quinta, Arno teria assinado papéis se comprometendo a pagar parte da dívida na sexta-feira, dia do crime.

 

Segundo os policiais, sabendo que Carlos não estava na propriedade por volta do meio-dia Arno foi até o sítio onde matou Loraci e o filho do casal. Depois, esperou Carlos que foi morto na estrada.

 

“Chamou numa boa, o argentino desceu da caminhonete e foi golpeado”, falou Vanderlei.

 

A arma do crime ainda não foi encontrada, mas a polícia disse que sabe onde foi comprada.

 

O Instituto Geral de Perícias (IGP) informou que foi feita perícia nos locais onde as vítimas foram encontradas e no carro de Carlos. Objetos encontrados na casa e no veículo foram levados para a Delegacia de Alfredo Wagner. Uma equipe do IGP também fez perícia no carro Saveiro do suspeito.

 

 

IGP fez perícia na casa de família morta em Alfredo Wagner — Foto: IGP/DivulgaçãoIGP fez perícia na casa de família morta em Alfredo Wagner — Foto: IGP/Divulgação

IGP fez perícia na casa de família morta em Alfredo Wagner — Foto: IGP/Divulgação

 

Enterro

Os corpos da família encontrada morta em Alfredo Wagner, na Grande Florianópolis, foram enterrados por volta das 16h50 desta segunda-feira (12) em Marechal Cândido Rondon, no Paraná. Os três eram velados nessa mesma cidade desde a tarde de domingo (11).

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