Os três casos tem características semelhantes e são classificados pela polícia como “Novo Cangaço”: os bandidos atuam fortemente armados, usam reféns como escudo e praticam atos como atear fogo em veículos. Os crimes também ocorreram no período da manhã, durante o horário de funcionamento das agências.
Geralmente as ações ocorrem em cidades pequenas, com menos policiamento e baixos índices de criminalidade — o assalto à agência no bairro blumenauense destoa neste quesito. No caso de Vidal Ramos, os criminosos ainda queimaram um caminhão para bloquear a passagem de veículos na SC-110 e facilitar a fuga.
O uso de violência também é comum nesses casos, com diversos disparos para o alto. Por vezes há feridos, como nesta quarta-feira, quando dois homens foram baleados durante a ação criminosa nas agências de Vidal Ramos — um deles, inclusive, foi levado como refém pelos criminosos.
Os assaltantes de Mirim Doce foram todos capturados ou mortos em um cerco de seis dias feito pelo Comando de Operações de Busca, Resgate e Assalto (Cobra) da Polícia Militar. Já os criminosos que atuaram no assalto em Blumenau seguem, em tese, foragidos, com a Polícia Civil alegando que as investigações do caso estão avançadas e que não pode detalhar a estratégia com risco de comprometer a investigação.