Rui Car
05/12/2019 09h50 - Atualizado em 05/12/2019 09h47

Assalto em Vidal Ramos é o terceiro grande roubo a banco no Vale do Itajaí em 2019

Casos são semelhantes por envolver uso de reféns, armas de longo calibre e incêndio em veículos

Assistência Familiar Alto Vale
Assalto em Vidal Ramos também teve escudo humano durante a ação criminosa - Por: Jornal de Santa Catarina

Assalto em Vidal Ramos também teve escudo humano durante a ação criminosa - Por: Jornal de Santa Catarina

Delta Ativa
O assalto a duas agências bancárias em Vidal Ramos, no Alto Vale do Itajaí, na manhã desta quarta-feira (4), é o terceiro crime semelhante registrado na região em 2019. O primeiro ocorreu em 1º de março, quando criminosos atacaram uma agência do Banco do Brasil e uma cooperativa de crédito em Mirim Doce. Já em setembro, no dia 6, uma quadrilha assaltou uma agência do Bradesco na Itoupava Central, em Blumenau.

Os três casos tem características semelhantes e são classificados pela polícia como “Novo Cangaço”: os bandidos atuam fortemente armados, usam reféns como escudo e praticam atos como atear fogo em veículos. Os crimes também ocorreram no período da manhã, durante o horário de funcionamento das agências.

 

Geralmente as ações ocorrem em cidades pequenas, com menos policiamento e baixos índices de criminalidade — o assalto à agência no bairro blumenauense destoa neste quesito. No caso de Vidal Ramos, os criminosos ainda queimaram um caminhão para bloquear a passagem de veículos na SC-110 e facilitar a fuga.

 

O uso de violência também é comum nesses casos, com diversos disparos para o alto. Por vezes há feridos, como nesta quarta-feira, quando dois homens foram baleados durante a ação criminosa nas agências de Vidal Ramos — um deles, inclusive, foi levado como refém pelos criminosos.

 

Os assaltantes de Mirim Doce foram todos capturados ou mortos em um cerco de seis dias feito pelo Comando de Operações de Busca, Resgate e Assalto (Cobra) da Polícia Militar. Já os criminosos que atuaram no assalto em Blumenau seguem, em tese, foragidos, com a Polícia Civil alegando que as investigações do caso estão avançadas e que não pode detalhar a estratégia com risco de comprometer a investigação.

  

 

Justen Celulares