Rui Car
11/08/2020 09h02

Bodas de Pérola Negra: Casal de Taió comemora 65 anos de casados

Benvindo e Gertrudes Gadotti contam um pouco dessa bela história

Assistência Familiar Alto Vale
Fonte: Jornal A Tribuna do Alto Vale

Fonte: Jornal A Tribuna do Alto Vale

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No ano de 1953 chegou na cidade de Taió um jovem de vinte e um anos, bonito e trabalhador, vindo da cidade de Rodeio para exercer o ofício de alfaiate. Seu pai era descendente de italianos e sua mãe descendente de alemães, assim ele dominava os dois idiomas o que lhe permitiu ser bem acolhido na cidade.

 

Logo que chegou conheceu uma linda moça, filha de imigrantes alemães. Ela, desde cedo trabalhava em um comércio para ajudar a família. Seus patrões eram italianos e assim ela também falava os dois idiomas, algo que na época era muito importante, pois muitos agricultores vinham do interior fazer compras e não dominavam o português.

 

Além da beleza física, ambos viram um no outro o amor ao trabalho, à família e a Deus como grandes virtudes; sem falar no espírito aguerrido que ambos possuíam e que era indispensável para vencer as vicissitudes da vida e construir uma nova família. Assim começaram a se conhecer melhor e a namorar.

 

Passados dois anos de namoro, Benvindo decide voltar para Rodeio para cuidar de um estabelecimento comercial de seus pais e também para dar início aos preparativos para o casamento e receber sua esposa, tudo estava sendo preparado com muito amor e carinho pelas duas famílias.

 

A jovem Gertrudes deixaria sua família, seu emprego, seus amigos para viver ao lado do seu amado e sua família, com certeza essas mudanças geravam um certo nervosismo que aumentou bastante com a chegada de uma grande enchente na região, justamente na semana do casamento.

 

Como tudo estava preparado, a decisão pela dificuldade de locomoção de Taió a Rodeio em meio as cheias, foi a de ir apenas a noiva, seu pai e a irmã mais velha; porque em muitos trechos a travessia era feita de canoa.

 

Assim, no dia 30 de julho de 1955, Benvindo Gadotti, filho de Eleto e Alma Gadotti, se casou com Gertrudes Mainhardt, filha de Franz Xavier e Maria Margareth Mainhardt. O noivo com 23 anos e a noiva com 21 anos de idade. Desse dia em diante, com fé, muito trabalho e amor à vida, o casal construiu sua história.

 

No ano de 1957, com uma filha de poucos meses, resolveram voltar para Taió e iniciar uma pequena alfaiataria e venda de “secos e molhados”. A partir de então, fixaram residência em Taió onde vivem até os dias atuais. Sempre foram atuantes na igreja e na sociedade. De seus sete filhos um partiu para a eternidade aos onze meses de vida.

 

A família cresceu e hoje eles têm também uma nora, cinco genros (um in memorian), doze netos e nove bisnetos. Benvindo e Gertrudes são muito amados por todos. Podem olhar para trás e dizer que Deus sempre esteve junto deles, nos momentos felizes e principalmente nos momentos difíceis. Esse é o maior legado do casal.

 

Agradecidos pela linda história construída ao longo desses 65 anos de união, a família não permitiu que a pandemia deixasse essa data passar em branco. No último sábado, dia 1º de agosto, o casal foi surpreendido com os seus descendentes posicionados em frente sua casa cantando para eles. Benvindo e Trude, emocionados e felizes, puderam apreciar a linda família que Deus lhes deu.

 

Na oportunidade, devido à pandemia a família ficou distante, usando máscaras e respeitando todas as regras vigentes.

 

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