Rui Car
20/07/2021 10h35

Câmara de Taió aprova Moção de Apoio ao Projeto de Lei Federal nº 2510

Proposta que dá autonomia aos Municípios para delimitar APPs foi explicada pelo chefe de gabinete do deputado Peninha, Rafael Pezenti.

Assistência Familiar Alto Vale
Delta Ativa

RECEBA NOTÍCIAS NO SEU WHATSAPP

CLIQUE AQUI

 

A Câmara de Vereadores de Taió aprovou Moção de Apoio ao projeto de lei federal nº 2510, de autoria do deputado federal Rogério Peninha Mendonça. A proposta dá autonomia aos municípios brasileiros em delimitar a área de preservação permanente (APPs), de acordo com a realidade local.

 

O documento de autoria dos vereadores Aroldo Peicher Júnior ‘Peixinho’, Clarice Fonseca Longen e Flávio Molinari, que formam a bancada do MDB, foi entregue em mãos ao chefe de gabinete do deputado Peninha, Rafael Pezenti. O assessor do parlamentar usou a tribuna livre para detalhar o intuito do projeto.

 

Durante a fala, Pezenti explicou que após muita discussão entre a Lei de Parcelamento de Solo e o Código Florestal, o Superior Tribunal de Justiça (STJ) julgou que por ser mais restritiva, a distância que vale para construção é a que está estipulada no Código Florestal, que determina hoje a distância mínima de 30 metros do leito do rio para a construção e aumenta conforme a largura do rio. Na prática a distância mínima para a construção nos municípios do Vale do Itajaí, tem sido de 50 metros.

 

Pezenti também destacou a preocupação com outra decisão jurídica, essa tomada pelo Supremo Tribunal Federal (STF), que julgou imprescritível a reparação de dano civil para os casos crime ambiental, o que na visão dele, coloca em risco muitas construções já consolidadas nos municípios catarinenses.

 

O projeto de lei federal nº 2510 busca transferir aos municípios a autonomia de decidir a metragem das APPs. Assim caberia às câmaras municipais o debate de definir a distância que melhor se adequasse as características da região. “Hoje nós temos uma legislação ambiental que vale para todo Brasil, que é um país de dimensão continental. Taió e Manaus são realidades distintas e não podem ser tratados da mesma maneira”, comparou.

 

Pressão popular

 

Atualmente o projeto está na Comissão de Meio Ambiente da Câmara dos Deputados, o texto tem encontrado resistência de deputados que compõem a chamada bancada ambientalista. O gabinete de Peninha tem buscado apoio de líderes partidários para que a proposta ganhe celeridade nas tramitações.  Pezenti esclarece que a pressão popular é o caminho para que o texto avance no Congresso e está confiante na vontade política. “Já vi projeto tramitando há décadas e nunca sair do lugar, mas já vi projeto que em uma semana fez toda a tramitação e na outra virou lei, houve vontade política, o projeto andou e saiu do papel”, declarou.

 

Medida provisória

 

Em paralelo a tramitação, o gabinete busca convencer a Presidência da República a editar uma medida provisória com o mesmo texto do projeto, assim a proposta teria prazo de 120 dias para ser analisada pelo Congresso. “É um projeto muito importante que precisa virar lei. Não tem nenhum outro político que conhece melhor a realidade local quanto os prefeitos e vereadores”, concluiu Pezenti.


POR: ALBANIR JUNIOR – CÂMARA DE VEREADORES DE TAIÓ

SIGA AS REDES SOCIAIS DA RÁDIO EDUCADORA: INSTAGRAMFACEBOOK YOUTUBE.
Justen Celulares