Foto: Divulgação / Gabriel Hardt
Sheile Nicolette, de 35 anos, conhecido como “cachorro”, é caminhoneiro e está participando das manifestações em um trecho da BR-280, ao lado de outros profissionais. Segundo ele, as estradas só devem ser liberadas caso o presidente Jair Bolsonaro faça alguma manifestação oficial.
Sheile diz que para os caminhoneiros, o ato representa uma luta contra os resultados das eleições. Na noite deste domingo, 30, Luiz Inácio Lula da Silva foi eleito pela terceira vez presidente do Brasil.
“Nossa única forma de demonstrar a insatisfação é realizando paralisações. Até o presidente se manifestar, o caminhoneiro não sairá de casa e nem da rodovia onde ele está. Conforme os dias vão passando, vai se aumentando os pontos de parada. Dessa vez ou vai ou racha, não vamos aceitar isso que está acontecendo”, diz o caminhoneiro.
“Nem ambulância irá passar”
Questionado se os profissionais irão aceitar algum pedido do governador eleito por Santa Catarina, Jorginho Mello, Sheile alega que ele não possui poder de decisão suficiente.
“Estamos esperando somente por um anúncio direto do gabinete do presidente. Após isso vamos tomar a nossa decisão final. Se continuarmos, nem ambulância irá passar, só vai passar helicóptero. Isso tudo pode levar dias e estaremos aqui. Não vamos sair sem um sim ou um não do presidente”, complementa.
Manifestações
A Polícia Rodoviária Federal (PRF) monitora os pontos de bloqueio nas rodovias federais de Santa Catarina. Ao todo são 18 pontos de manifestações e a maior parte ocorre na BR-101.
A PRF informa também que está tentando negociar a liberação das rodovias de forma pacífica.
Um dos trechos interditados é no KM 57, onde fica o trevo Celeiro do Vale, entre Blumenau e Pomerode; e outra no sentido Indaial, próximo à Havan no km 67.
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Fonte: Otávio Timm / O Município
