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Valdevino Rodrigues tem 106 anos e teria afirmado que vive em situação de rua por opção. Segundo o Ministério Público de Santa Catarina (MPSC), no relatório enviado pela Prefeitura de Itaiópolis, Planalto Norte, consta que o idoso alegou receber um salário mínimo por mês e que não tem interesse em ser acolhido em abrigo.
Entenda o caso
A Promotoria de Justiça da Comarca de Itaiópolis instaurou Procedimento Administrativo (PA) para acompanhar e garantir que Valdevino receba atendimento da Secretaria Municipal de Desenvolvimento Social e Habitação, por meio da equipe de Proteção Social Especial.
No relatório apresentado ao MPSC, foi realizado atendimento e confirmada a idade do centenário, com registro de nascimento em 28 de agosto de 1915. Na abordagem psicossocial com o idoso, ele teria contado que tem filhos, porém não tem contato com eles há muito tempo. Ele ainda teria dito que vive bem no jeito que está.
Passagens por Taió
O idoso já é conhecido na cidade de Taió. Há cerca de 40 anos viveu na comunidade de Passo Manso e vez ou outra ele ainda é visto caminhando pelas ruas do município e sempre tem histórias para contar. As que mais gosta de compartilhar são de suas diversas experiências com Deus. Mesmo com seus 106 anos, Seu Valdevino costuma frequentar cultos evangélicos. Diz já ter visto o céu e até conversado com o próprio Jesus.
Próximos passos
A promotoria solicitou uma nova abordagem para coleta de informações sobre a situação de vida do idoso. O novo relatório deve constar detalhes do benefício previdenciário que recebe e das ações diárias, como alimentação, remédios, consultas médicas e o atual local onde se encontra. Os profissionais da equipe de Proteção Social Especial ainda deverão questioná-lo sobre os familiares.
Todas as informações solicitadas devem ser enviadas à Promotoria de Justiça até dia 19 de agosto. O Promotor de Justiça, Pedro Decomain, responsável pela Promotoria de Justiça da Comarca de Itaiópolis ressalta que o objetivo “é que se obtenha local condigno para moradia do idoso, que no momento, foi acolhido por uma senhora, mas, se for necessário, será buscado o acolhimento institucional”.
Fonte: O Município / Rádio Educadora 90,3 FM
