Rui Car
18/01/2018 13h25 - Atualizado em 18/01/2018 09h41

Cenário político nebuloso e imprevisível em SC

PSDB terá decisões nas coligações que definirão o futuro do governo de Santa Catarina

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Moacir Pereira - DC

Moacir Pereira - DC

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Não há precedentes na história catarinense de uma eleição com um cenário tão complicado como o registrado neste início de 2018.

 

Começa pelos nomes cogitados ao governo e suas posições dentro dos partidos. Mauro Mariani, lançado pelo PMDB, preside a maior legenda do Estado, mas nada garante que terá homologada sua candidatura. Isso explica porque propôs prévias já em março. Esperidião Amin é o principal nome do PP, mas também não tem o controle do partido. Paulo Bauer, o senador apontado como favorito, também não tem o comando do tucanato catarinense, liderado por Marcos Vieira. E até Gelson Merisio, que enfatiza ter os votos da maioria dos convencionais do PSD, pode enfrentar o governador Raimundo Colombo que, nos bastidores, diz ter o poder maior. O PT de Décio Lima está sem chances no primeiro turno. Presumível dono de uns 15% do eleitorado, poderá ser vital se houver segundo turno. Estará com qualquer legenda, menos com PMDB e PSDB.

 

Há outros fatores imponderáveis que tornam o horizonte ainda mais obscuro. A saber: o julgamento do ex-presidente Lula; a forma da posse do vice-governador Eduardo Moreira e os ventos de mudança; a efetivação da renúncia do governador Raimundo Colombo; a posse do deputado Aldo Schneider (PMDB) na presidência da Assembleia; o julgamento do recurso do deputado João Rodrigues (PSD) pelo STF; o resultado das prévias do PMDB, se forem mesmo realizadas; os inquéritos contra Raimundo Colombo e líderes do PSD pelo STJ, em Brasília; e, sobretudo, a política de alianças.

 

Noivo favorito do processo, o PSDB terá decisões nas coligações que definirão o futuro do governo de Santa Catarina.

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