Moacir Pereira - NSC
A decisão do deputado Esperidião Amin (PP) de disputar o governo criou fatos novos na definição de coligações para as eleições de outubro. O primeiro: os eleitores têm cinco postulantes entre os principais partidos. São eles: Mauro Mariani (MDB), Paulo Bauer (PSDB), Esperidião Amin (PP), Gelson Merisio (PSD) e Décio Lima (PT). O segundo: criou uma solução e um problema para Raimundo Colombo.
A solução: com Amin disputando o Senado, as previsões eram que “seria nomeado”, tamanha a receptividade de sua candidatura. Sofria restrições residuais até de adversários para o mandato parlamentar. Deixava Colombo fragilizado, com a obrigação de buscar novos aliados e garantir sua eleição. Se surgissem nomes novos, como Napoleão Bernardes, ou alguém que capitalizasse com outras siglas, o risco de Colombo aumentaria. Sem Amin, a vaga fica mais próxima do pessedista.
O problema: desde que deixou o governo, Raimundo Colombo vem realizando encontros em todas as regiões. Percorreu 20 mil quilômetros. Sempre contando com amigos do PSD e aliados do PP. Com a saída de Amin da aliança, os progressistas poderão votar em outro candidato ao Senado. E os partidos aliados de Gelson Merisio, que contavam com Amin, podem optar por outros concorrentes de Colombo.
A partir de hoje as conversações de bastidores se intensificam. Com uma característica: todos os dirigentes procurarão manter estes encontros sob sigilo. A imprensa não será bem-vinda.
