Rui Car
02/05/2020 14h00 - Atualizado em 02/05/2020 10h14

Comércio exterior tem volta gradual

Países onde a pandemia já passou retomam os negócios

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A Câmara de Comércio Exterior da Federação das Indústrias de SC (Fiesc) realizou, na terça-feira (28), uma conferência online para debater as possibilidades do comércio exterior como solução pós-pandemia. Com a portaria que libera 100% das atividades industriais respeitando as orientações sanitárias, o Estado pode ter vantagem nesta internacionalização.

 

“SC foi um dos primeiros estados a restringir as atividades do setor produtivo, mas foi o primeiro a liberá-las. Com o restante do país ainda com restrições, o mercado interno ainda está pouco movimentado, mas o comércio exterior já começou a se aquecer, principalmente em países que estão com ritmo mais acelerado como a China”, ressalta o presidente da Fiesc, Mario Cezar de Aguiar.

 

Ele defende a manutenção do contato com os clientes internacionais, mesmo que os negócios não estejam sendo fechados. “É importante manter estes contatos para retomar as negociações assim que a crise passar”, afirma Aguiar, que participou do debate.

 

Para o diretor de desenvolvimento industrial da CNI, Carlos Abijaodi, Santa Catarina tem potencial para se recuperar rapidamente da crise. “A diversificação da indústria catarinense aliada a baixa taxa de desemprego pré-crise são fatores que devem auxiliar a recuperação da economia do Estado”, argumentou. Segundo Abijaodi, para a retomada a nível nacional, o país precisará concluir as reformas que foram paralisadas com a pandemia e defendeu o papel das entidades empresariais no processo.

 

“Para voltar a crescer, o Brasilo precisará passar por uma reengenharia. Nesse sentido, as entidades tem papel fundamental para ajudar a construir uma agenda positiva e retomar o crescimento”, comentou.

 

Durante o encontro foi apresentado um estudo sobre os impactos de uma possível saída do Brasil do Mercosul. “O estudo é fundamental para nortear o setor produtivo sobre o significado de uma saída do Brasil do bloco”, destacou a presidente da Câmara de Comércio Exterior da Fiesc, Maria Bustamante.

 

O estudo mostra que o Mercosul é o quarto principal destino das exportações do país (9%), atrás da China (24%), União Europeia (17%) e Estados Unidos (13%). Para a indústria, o bloco tem um significado ainda maior, já que é o segundo maior destino das exportações de manufaturados, com 21% do total. “A parte social também merece destaque. Os negócios realizados no bloco possuem em média a maior massa salarial e maior geração de empregos por bilhão exportado”, ressaltou o gerente de negociações internacionais da CNI, Fabrizio Sardelli Panzini.

 

Fonte: Rádio Rural

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