Rui Car
14/10/2017 09h31

Como adequar o organismo ao horário de verão que inicia neste fim de semana

A solução pode ser dormir pelo menos dez minutos mais cedo

Assistência Familiar Alto Vale
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O horário de verão está longe de ser uma unanimidade, mas é preciso estar preparado. A partir deste domingo (15), grande parte do país terá de acordar em manhãs um pouco mais escuras.

 

O ajuste nos ponteiros para adiantar o relógio em uma hora causa divergências não somente entre especialistas do setor de energia elétrica, que questionam a necessidade de manter a medida, mas principalmente pelas pessoas que encontram dificuldade em levantar mais cedo sem interferir no pique diário.  Bocejos a mais durante o dia, dificuldade para dormir à noite, cansaço e falta de apetite estão entre as maiores reclamações.

 

Um estudo desenvolvido pelo no Grupo Multidisciplinar de Desenvolvimento e Ritos Biológicos, do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo, concluiu que o corpo humano precisa de ao menos 14 dias para se adaptar totalmente ao horário de verão.

 

Segundo o estudo, quando a pessoa acorda mais cedo do que está acostumada, a temperatura do seu corpo começa a subir mais cedo também, causando uma desestabilização entre os ritmos da temperatura corporal e da atividade de repouso. Essa desestabilização gera problemas fisiológicos, como distúrbios de sono, propensão ao déficit de atenção e maior fadiga durante o dia.

 

O começo do horário de verão é o período mais complicado, pois o aumento da incidência do sol em horários considerados noturnos normalmente causa um atraso no ritmo do organismo, fazendo com que a pessoa fique mais tempo acordada e com sono mais tarde. Os grupos mais afetados são os adolescentes e os jovens adultos, segundo a pesquisa.

 

Para ajudar o corpo nessa transição, a primeira semana de mudança de horário, as pessoas devem aumentar a ingestão de líquido e fazer refeições leves. Também deve ser mantido o horário das refeições, para o cérebro se adaptar o mais rápido possível com a mudança. A mesma tática deve ser adotada com o sono. Quem está acostumado a dormir às 22 horas, por exemplo, deve manter o horário, mesmo que ainda não tenha sono.

 

A adaptação lenta e gradual seguirá o ritmo do relógio biológico. Escolher um ambiente escuro, silencioso e com boa temperatura, evitando fazer exercícios três horas antes de dormir, não ingerir cafeína e comida pesada também são indicados.

 

Por outro lado, a adoção desse horário traz benefícios para a população do ponto de vista comportamental. Com dia estendido, prática de atividades físicas, passeios e atividades de lazer no fim do dia são mais praticados.

 

O final de horário de verão chegou a ser cogitado pelo governo, após estudos mostrarem perda na efetividade da medida, em razão das mudanças nos hábitos de consumo de energia. De acordo com o Operador Nacional do Sistema (ONS), a temperatura é quem determina o maior consumo de energia e não a incidência da luz durante o dia, fazendo com que, atualmente, os picos de consumo ocorram no horário entre 14h e 15h, e não mais entre 17h e 20h.

 

A adoção do horário diferenciado permanece até 18 de fevereiro para as regiões Sudeste, Sul, Centro-Oeste e Distrito Federal.

 

 

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